Nos primeiros dez dias do mês de outubro deste ano uma determinada pessoa, não declino o nome porque crápula não é humano, ateou fogo em si próprio e em crianças de uma creche municipal numa cidade mineira. Esse monstro contava com 50 anos de idade desperdiçados e era funcionário dessa creche desde o ano de 2008. Ficou de férias de julho a agosto e ao retornar ao trabalho, no mês de setembro, alegou problema de saúde e por isso foi afastado do emprego. Segundo a prefeitura da cidade ele teria ido à creche na manhã de uma quinta-feira entregar o atestado médico, quando cometeu um hediondo crime. Esse espectro humano ateou fogo na creche e fez tudo de caso pensado. Era um monstro revestido de pele e osso. Se a justiça o enquadrou como esquizofrênico, esquizofrênico seria também quem o admitiu. E os exames periódicos obrigados que toda empresa necessita realizar, como foram feitos? O médico examinou antecedente ou só assinou o atestado?
Em tempo: Há informações balizadas de que “a esquizofrenia é uma doença mental crônica que se manifesta na adolescência ou início da idade adulta. No Brasil estima-se que há cerca de 1,6 milhão casos de esquizofrenia e a cada ano cerca de 50.000 pessoas manifestam a doença pela primeira vez. Ela atinge em igual proporção homens e mulheres, em geral inicia-se mais cedo no homem, por volta dos 20 a 25 anos de idade, e na mulher, por volta dos 25 a 30 anos”. Esse mal se apresenta nas mais variadas formas afetando as áreas do funcionamento psíquico. Seus sintomas ser apresentam, conforme as pesquisas realizadas, em formas de delírio, alucinações, alterações de pensamentos, alterações de afetividade, diminuição da motivação, entre outras manifestações estranhas pelo que pode passar uma pessoa. Na verdade, não se sabe as verdadeiras causas. Mas eu não quero aqui discutir o fator ‘doença’ e sim o fator ‘doente’.
Como pode uma pessoa ter carteira de trabalho assinada, trabalhar normalmente e vir a cometer um crime tão cruel assim? Como pode um ser humano trabalhar, morar em uma residência como todo mundo e vir a praticar uma atrocidade com indefesas crianças? Uma pessoa com o mesmo perfil dessa criatura é qualquer coisa contrária às leis da natureza, e jamais poderia conviver junto a qualquer tipo de atividade, menos ainda conviver com indefesos. Não acredito que poderia haver algum tipo de recuperação desse estágio diabólico e infernal caso ele não tivesse atentado contra a sua própria existência. Os sintomas da esquizofrenia apresentam indícios de delírios, alucinações, alterações de pensamento, alterações de afetividade e até mesmo diminuição da motivação. Impossível que esses sintomas não tenham sido detectados com antecedência, já que as creches possuem especialistas na área da saúde que têm a obrigação de levantar essas possibilidades de forma prematura.
A ciência, nas literaturas que tenho pesquisado não sabe quais são as verdadeiras causas desse mal, entretanto tenho lido que a hereditariedade tem uma importância relativa no fato. Sabe-se, contudo, que parentes de primeiro grau de um esquizofrênico têm chance maior de desenvolver a doença do que as pessoas em geral. Por outro lado, não se sabe, também, o modo da transmissão genética. Não quero e não devo entrar em detalhes porque limitados são meus conhecimentos e, por vezes, a literatura pode ser comprometedora na informação que anuncia. Enfim, vidas infantis foram ceifadas e sonhos foram destruídos. Imagine você leitor amigo, que vidas levarão os pais que perderam seus filhos numa situação dramática como foi essa? De sorte, que Deus os recebeu, ainda puros de coração e os colocou a Seu lado onde permanecerão por toda a eternidade. Vigiai sempre em quais mãos o destino colocou seus filhos.
Quero oferecer esta crônica ao simpático casal que encontrei num estabelecimento comercial, Rames e Maria Antônia, recebendo deles elogios pelo trabalho que faço junto a este jornal. É sempre um orgulho receber dos leitores palavras de carinho e fortalecimento pela exposição de nossas ideias. Enorme abraço a eles.