Mais uma vez, vivemos uma semana dias atrás, onde ficou marcada e comprovada a falta de comportamento de alguns políticos em conduzir a política e os próprios atos pouco recomendados, que deixam uma lacuna de bons princípios e que entristece milhões de eleitores, pois ficam na dúvida em quem votar para a moralização do quadro político atual.
As prisões envolvendo os políticos do Rio de Janeiro dão uma demonstração de que medidas punitivas se façam sentir com todo rigor, para que a imagem do país não seja afetada da forma com a qual vem se configurando em relação às prisões que ocorreram no Rio de Janeiro.
Verdade é que a falta de ética e os interesses pessoais refletem diretamente na imagem do Brasil, haja vista o sistema prisional de Benfica, onde estão ou estiveram dois ex-governadores do Rio de Janeiro e de um presidente licenciado da Assembleia Legislativa daquele Estado, o que vem caracterizar um dos episódios marcantes na política.
As imagens de políticos no presídio provocam reações, mas também há uma certa esperança de que a justiça possa realmente ser feita, entretanto, mesmo dentro do presídio, percebe-se certas regalias, ao contrário de outras prisões de pessoas simples sem privilégio e sem regalias, quando os direitos deveriam ser iguais.
Em termos de privilégio, o episódio de liberação do presidente licenciado do legislativo do Rio de Janeiro causou crise entre o Judiciário e o Legislativo, sendo que a reação dos juízes levou ao retorno dos acusados à detenção.
Os brasileiros, aqueles que tiveram acesso à mídia, acompanharam nos últimos dias o andamento da Proposta de Emenda Constitucional à Constituição (PEC), que põe fim ao foro privilegiado em casos de crimes comuns e que foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça.
A votação, porém, deve ficar para 2.018, porque a proposta ainda precisa passar por uma comissão especial.
A Pec é considerada um avanço ao acabar com o direito de ministros, deputados e senadores, mas não é completa, porque mantém o privilégio do presidente da República, da Câmara Federal e do Senado.
Muitos analistas questionam a sua validade na prática, mas já deve ser considerada importante ao abrir debates sobre os privilégios que os ocupantes de cargos públicos usufruem.
Um estudo da Consultoria do Senado aponta que mais de 54 mil pessoas têm o direito a algum tipo de foro privilegiado no Brasil, garantido pela Constituição Federal ou por constituições estaduais, portanto, outro debate à vista em função dessa abertura verificada pela Consultoria do Senado Federal.
Diante das denúncias que assolam o país nos últimos tempos, a ideia de que políticos devem ser submetidos ao mesmo rigor imposto aos demais cidadãos ganha ainda mais força e que seja coroada de êxito.
Não somente por questões de igualdade, como também pelo péssimo exemplo que alguns políticos exibem à população, mormente quem acompanha, através da mídia, situações aterrorizantes, onde comprometem seriamente a imagem de políticos envolvidos em esquemas, a Lava Jato não vê outra alternativa senão tomar as providências que se fizerem necessárias.