Dar palpites nos dias atuais é apostar no imprevisto. Já escrevi que o Nostradamus se recusaria fazer previsões.
Cada dia que passa surgem novas notícias, verídicas e inverídicas. Já existem jornais e revistas comentando que a população está insatisfeita com os deputados e senadores. Só vamos ter certeza por ocasião das eleições, conforme os que forem reeleitos e quem ficará de fora.
Quando observo uma criança ou um adolescente, fico imaginando como será o mundo do futuro que os acolherá. Enquanto em nossos altos escalões, administrativos e políticos, imperar o improviso, vai ficar muito difícil prever qualquer assunto do futuro brasileiro. Acredito que é obrigação dos governos fazerem a população entender que o amanhã precisa ser pensado hoje, e os próprios governos tomarem atitudes que planejem ações futuras. Enquanto houver o improviso, enquanto as campanhas ficarem focadas apenas nas benesses imediatas, enquanto os candidatos não falarem a verdade vamos continuar patinando.
Se a defesa e a pregação de determinadas ideologias, sejam elas quais forem, for feita apenas com blablabá, sem que os defensores mostrem exemplos consistentes, o povo estará sendo enganado por aqueles que querem, isto, sim, o poder para poderem usufruir de suas benesses e mamatas. Os defensores de ideologias, que já tiveram ou tem países com determinada ideologia implantada, tem a obrigação de mostrar os resultados à população e não ficar apenas na conversa mole do convencimento.
Um partido político não pode fechar nenhum tipo de questão sem expor seus argumentos ao povo, afinal os partidos são instrumentos do povo para manter a democracia. Recebem muito dinheiro para isso e os seus filiados, principalmente aqueles com mandato, têm a obrigação de fazer o partido funcionar com dignidade, a não ser que sejam vassalos dos “donos” do partido.
É possível que as eleições do próximo ano sejam bastante polarizadas, mas aconselho ninguém ter certeza disto, mesmo porque, no “escurinho do cinema”, algum político em quem confiamos pode assumir alguns compromissos nada explícitos ao povo, e acabar apoiando até por linhas tortas o grande adversário de ontem. Não seria nem a primeira e nem a última vez que esse tipo de fato aconteceria. E isto não é exclusividade da política federal, existe na estadual e mais facilmente nas municipais.
Continuo acreditando que, se nada acontecer a nível mundial que provoque alguma catástrofe, a melhor maneira de convivermos em comunidade pode, sem dúvida, ser um esforço para que todos tenhamos um bom comportamento. Isto precisa começar no lar, continuar nas escolas e, principalmente, nas religiões, transbordar para as ruas e fazer imperar a ordem e o respeito. Acredito, sim, que havendo uma ação ordenada e consistente, por vários anos, a maioria das pessoas da comunidade estará engajada e praticando. Alguém precisa começar, Ong’s, associações, poder público, pois toda ajuda será válida e os resultados vão aparecer, mesmo que demorem um pouquinho.