O mês das festas chegou. Em meio aos dias torturantes do que tem acontecido no nosso país, as semanas de fim de ano são um bom paliativo. O comércio abre a noite e muitas pessoas aproveitam para passear, se distrair e, na medida do possível, fazer umas comprinhas.
Os comerciantes, logicamente, fazem figa para que o movimento surta um bom efeito em seus faturamentos. Os comerciários, também, interessados em que os negócios e locais de trabalho sejam mantidos, postam-se por horas em seus postos de trabalho. O articulista que sempre foi comerciante, mesmo já fora das atividades, tem o maior respeito por todo esse pessoal envolvido na labuta comercial.
Lembrado assim e, também, que o mesmo respeito devemos a todos que proporcionam ou prestam algum tipo de serviço, seja ele público ou privado, sempre é tempo para nos entristecermos com a forma que alguns tratam e conduzem as necessidades do país.
Para que o comércio e outras atividades possam funcionar adequadamente, os governos e dependências não podem criar obstáculos. Vejam só, as brigas e discussões por pedaços de poder sempre atingem o setor econômico, sacrificam empregos, tiram dinheiro da economia e diminuem o entusiasmo de empreendedores, sejam eles grandes ou pequenos.
A obrigação de quem está em algum cargo eletivo público, seja executivo ou legislativo, é fazer com que a população possa tocar seus negócios e atividades com tranquilidade e serenidade, os sobressaltos prejudicam pessoas, prejudicam famílias. Também é necessário que existam diretrizes transparentes sobre os rumos da administração pública, qualquer delas.
É muito importante que tenhamos um final de ano gostoso, é muito importante que o comércio aberto à noite proporcione o encontro de pessoas, faça a alegria das crianças e, sem dúvida, promova amizades e bate papos “tete a tete”, fugindo um pouco dessa frieza do contato pela internet e pelo telefone, pois, acredito que em muitos lugares está faltando o papo pessoal.
Também acredito que esse horário de abertura comercial poderia proporcionar, em todo o território nacional, o encontro dos executivos e legisladores com seu povo, fazendo com que as pessoas possam conhecer de perto sua classe dirigente. Realmente isso seria interessante, bem diferente dos camaradas ficarem aparecendo na tela da TV por ocasião das eleições. O contato direto do povo com seus legisladores e administradores, sem dúvida, faria com que alguns “vestais” cometessem menos besteiras.
E, para nos entristecer, veio a notícia do falecimento do Aguinaldo de Oliveira, um votuporanguense que participou da organização da cidade. Aguinaldo foi vereador e um bom companheiro político. Lembro-me do Agnaldo, como radialista, ainda no tempo em que a Clube estava instalada no andar superior de onde hoje é a Loja Mahfuz. Agnaldo deixa saudades, que os céus o recebam de braços abertos.