Por Leonardo Azambuja: médico especialista em nutrologia, ciência da fisiologia humana e longevidade saudável
Leonardo Azambuja é colunista do A Cidade e escreve todas as quartas-feiras (Foto: Divulgação)
Mais da metade dos homens brasileiros desconhecem
ofato de que, com o passar dos anos, ocorre uma quedana produção do hormônio masculino testosterona,
levando a sintomas como sensação de cansaço, depressão,
alterações no humor, perda de massa muscular,aumento da gordura corporal –
principalmente no abdômen –além de disfunções
sexuais. A constatação foi feita por meio deestudo da Sociedade Brasileira de
Urologia. Napesquisa, foram ouvidos 3,2 mil homens em oitocapitais. Entre os
entrevistados, 51% disseram nunca ter idoao urologista, 30% atribuíram os
sintomas da andropausa aoexcesso de trabalho e ao estresse do dia a dia, e 68%
disseramnão saber a
diferença entre terapia de reposição hormonal euso de
estimulante sexual.
O fenômeno da desinformação sobre a deficiência androgênica e seu tratamento por meio da modulação hormonalnão ocorre apenas
no Brasil. Apesar de inúmeros estudoscientíficos eensaios
clínicos já terem demonstrado que aandropausa é uma condição clínica e que a reposição detestosterona é uma terapêutica segura e
eficaz, ainda háuma certa resistência dentro dacomunidade médica quanto à prescrição da terapia.
Por isso, um grande número de homens acaba
sofrendo desnecessariamente, pois muitosespecialistasveem o declínio dos níveis
do hormônio como uma consequência naturaldo avanço da idade, não havendo,portanto, nada que se possa ou devafazer
sobre isso. No Reino Unido, porexemplo, pesquisa publicada na revista The
Ageing Male mostrou que20% dos homens com idade acimados 50 anos têm deficiência de
testosterona. O estudo durou 25 anose analisou quase 2,5 mil homens, quetiveram
o nível de testosterona medido ao longo do tempo, usando diferentes métodos de avaliação.
De acordo com o professor e doutoringlês Dr. Malcolm Carruthers, umdos autores da pesquisa, um dosmotivos para muitos pacientes comdeficiência androgênica estaremsem tratamento é a metodologiausada para medir os níveis de
testosterona (exame laboratorial feitocom a amostra de sangue), que
estádesatualizada. Infelizmente a pesquisa dos níveis de testosterona via
salivar ainda é de difícil acesso para a maioria da população nacional. Além disso, os resultados encontrados são
comparadosapenas com os de outros homensda mesma idade.
“Assim, muitos homens na andropausa podem ter
sofrido uma redução hormonal grave, desde seus 30anos, mas a análise de seu
sanguenão mostra nada fora do comum,uma vez que o resultado atual estádentro
dos padrões para esta faixaetária”, explica.
O especialista diz que, no Reino Unido, cerca de
dois milhões de homensna meia-idade, o que equivale a umem cada cinco
britânicos, poderiamse beneficiar do tratamento, mas este
tipo de exame ultrapassado, somadoàs preocupações
desnecessárias coma segurança da terapia de reposição,impede que a vasta maioria
dos pacientes receba o tratamento.
Níveis normais de hormônios sexuais, como por
exemplo a testosterona, só ira trazer benefícios e manter seu organismo sempre
em equilíbrio e em bom funcionamento por completo. Não está ligado somente a
libido como muitos pensam.
Procure sempre um profissional atualizado e pronto
para poder lhe ajudar e manter seus níveis hormonais ótimos ao invés de manter
somente dentro do valor de referência laboratorial.