As micro e pequenas empresas paulistas encerraram 2017 com alta de cerca de 5% no faturamento real e geração de quase 100 mil novos postos de trabalho. O otimismo com o futuro também aumentou: quase 40% acreditam que o faturamento aumentará nos próximos meses e 44% apostam na manutenção da receita.
O setor industrial também deu sinais positivos. Segundo o Indicador do Nível de Atividade (INA) da Fiesp, após três anos de produção em queda, a indústria paulista cresceu 3,5%. Os empresários do setor também estão otimistas e, pelo 10º mês consecutivo, registraram expectativa positiva em relação à produção.
Se 2017 foi para respirar, 2018 é o ano para crescer, produzir e transformar. É o que tenho ouvido de empreendedores de todo Estado, como a Daniela Juncioni, de Aguaí. No ano passado procurou o Sebrae-SP. Ela não queria deixar sua farmácia de manipulação sucumbir à crise. Fez um checkup da empresa e recebeu consultoria especializada em finanças. Colocou em prática as melhorias em controle e administração geral da empresa e aumentou em 20% seu lucro. Reinvestiu na empresa, ampliou as instalações e empregou mais dois funcionários. O esforço valeu a pena.
Muitos outros empresários também estão fazendo sua parte, melhorando gestão e produtividade. Um sinal claro disso é o aumento da procura de informações e consultoria em nossos postos de atendimento, site e 0800 nos primeiros 40 dias do ano. No Sebrae-SP estamos de olho nesse movimento e, até abril, vamos inaugurar mais 50 postos de atendimento, ampliando a rede para 250 unidades, que vão cobrir 90% da área do Estado.
O governo federal, por sua vez, também tem apontado no caminho certo, com estabelecimento do teto de gastos públicos, a modernização da legislação trabalhista e a ampliação do Simples. Para melhorar ainda mais o ambiente de negócios, temos que lutar pela aprovação das reformas previdenciária e tributária, pela redução das taxas de juros e pelo barateamento do crédito.
Também faz parte desse conjunto de medidas benéficas a aprovação do plano de renegociação de dívidas tributárias, o Refis, para as micro e pequenas empresas. Trata-se de uma questão de isonomia e justiça, com apoio a empreendedores que querem reorganizar seus compromissos tributários, resolver suas pendências e ganhar novo fôlego para produzir e gerar empregos.
Sou a favor do Refis para os pequenos negócios, das reformas estruturais e de tudo que descomplique e desonere o dia a dia do setor produtivo. Por isso, vou continuar trabalhando para deixar o caminho livre para empresários como a Daniela, que geram saldos positivos para sua empresa e sua comunidade, levando o Brasil de volta ao eixo do crescimento.