Percebe-se claramente que a população está farta do que tem visto e ouvido. E, pior, é um tal de se procurar culpado por todos os lados. Estamos vivendo momentos muito tristes, a perplexidade é geral e as dificuldades para o povo, também.
Parece-me que, em algum momento do século passado, lá nos Estados Unidos, houve uma perseguição desmedida a certas pessoas que, também, parece-me, deixou muitas tristezas. Aqui no Brasil, mesmo com os problemas que temos, não podemos aprovar um comportamento de caça às bruxas, mas, porém, sem dúvida, que exista mesmo uma mão forte da Justiça para quem cometeu crimes, sejam eles de colarinho branco ou qualquer outro. Com o país como está, tanto nos estados quanto nos municípios, não fica bem “briguinhas de boteco”, discussões inócuas ou extemporâneas que apenas apavorem ainda mais o povo já tão sofrido e preocupado. O que precisamos é torcer para hajam eleições livres e o povo possa escolher seus representantes, votando em quem demonstre ser coerente com os princípios democráticos e comunitários e mandando para casa, se o cara já tiver cargo, quem não correspondeu.
Agora vem essa intervenção no Estado do Rio que não sabemos como vai acabar, ou quais resultados acontecerão.
O que os chefes de família precisam começar a pensar é qual nação deixarão para seus filhos e netos e quais reformas devem ser apoiadas. Todos estamos aqui nesta vida por um período que poderíamos chamar de “ventinho do ventinho” em relação à idade da natureza. Buscar benefícios imediatos para nosso próprio prazer pode inviabilizar o bem-estar daqueles que estiverem por aqui no futuro. Também não precisamos ser heróis e viver em sacrifício para que outros se beneficiem. Escolher bons representantes para o Legislativo e bons comandantes para o Executivo é uma obrigação de momento. A esses caberá encontrar caminhos e soluções para que a vida de nossa época seja razoável. Também muitos que se aproveitam de “molezas” criadas através dos anos para engordar seus bolsos precisam abrir mão de determinadas benesses que pesam nos bolsos e, pior, na vida de todas outras pessoas.
Todos aqueles que ocupam cargos públicos precisam entender que não estão ali para defender os interesses de seus grupetes, mas, sim, de toda uma população, caso contrário, e a história tem mostrado assim, em algum momento aparece um salvador da pátria desmiolado e cria o caos.
Não podemos ficar torcendo para que apareça um ditador, seja ele populista ou não, precisamos torcer para que os votos do povo escolham pessoas bem intencionadas para comandar os interesses públicos. Ditadura, não; estado de força, não; caça às bruxas, não. O Brasil não é um “paiseco”, e isto serve para estados e municípios. Não precisamos de armas para fazer mudanças nos procedimentos públicos, precisamos usar a cabeça na hora do voto, só isso.