Dentro do trabalho político que me dispus a fazer nesse atual mandato, que é também o meu último, está a realização de ações que visam à promoção e ao resgate da cidadania.
Com base nesse meu desejo, interroguei uma professora do 1º ano do ensino fundamental da rede pública: “o que é cidadania?”. Ela respondeu: “Hein? Por favor, repita a pergunta”. Eu repeti e ela, como de certa forma eu já previa, infelizmente não soube responder.
A palavra cidadania, tal qual outras expressões que usamos para tratamento com as pessoas, como “por favor”, “muito obrigado”, “com licença” e “me desculpe” deveriam começar a ser ensinadas no ensino infantil, mas estão saindo de moda.
Sou do tempo que se usava, e muito, ações de cidadania para resolver a maioria dos problemas.
Não esperávamos o governo se mexer para solucionar o que nos atrapalhava.
Lembro bem quando os pais dos alunos se cotizavam e, em conjunto, reformavam as escolas públicas que estavam com problemas.
Atualmente estamos sendo prejudicados pela greve dos metroviários. A causa não é salarial. A preocupação é com a iniciativa governamental de privatizar algumas linhas que virão a facilitar o transporte de toda a coletividade, em virtude do estado não ter condições financeiras para fazer frente às necessidades.
A crítica que faço ao nosso governador é que ele ainda não estendeu a mesma decisão de privatização à CPTM, no sentido de atender urgentemente as periferias da capital e da Grande São Paulo. Gostaria também que a premissa fosse estendida ao nosso Metrô.
Pensar no coletivo é ser cidadão!
Com referência à cidadania, vibraria muito de contentamento, se os sindicatos que atuam na área da saúde, colaborassem com o governo nesta campanha que se fez emergencial com a vacinação contra a febre amarela, solicitando aos funcionários além da força, talvez uma ou duas horas a mais por dia de trabalho.
Cidadania é isso. Todos, sem exceção, colaborando para solucionar problemas que não são só do governo. Por isso, entendo que para chegarmos a algum lugar, vamos precisar primeiro, que todos devamos somar esforços. É assim que se constrói uma sociedade.