W. A. Cuin
“ – Será suficiente não se fazer o mal, para ser agradável a Deus e assegurar uma situação futura?
—— Não: é preciso fazer o bem, no limite das próprias forças, pois cada um responderá por todo o mal que tiver ocorrido por causa do bem que deixou de fazer”. (Questão 642, de “O Livro dos Espíritos” - Allan Kardec).
É muito natural que cada criatura humana procure pela paz e viva á caça da felicidade. Ninguém em sã consciência poderá admitir uma vida de insegurança, aflições e temores. Todos desejamos viver em equilíbrio.
Assim sendo, precisa o homem saber como conseguir tal conquista, pois que até o momento ainda não acertou seus passos pelos caminhos da existência, uma vez que o sofrimento na Terra tem sido muito grande e causado imenso desconforto no meio social.
Mas o que se percebe, até com certa facilidade, é que ainda não conseguimos entender que somente o bem será capaz de nos assegurar o clima de tranqüilidade que sonhamos.
A vida, sábia como é, sempre nos devolverá aquilo que a ela damos. Tanto o bem como o mal tem as suas conseqüências, pois que é da lei natural que colhamos o fruto da semente que plantamos. As ações boas geram efeitos bons e as ações infelizes, efeitos da mesma natureza.
Dessa forma até por uma questão de bom senso, de inteligência é melhor fazer o bem, viver no bem ao invés de uma atmosfera pestilenta e infeliz no contexto do mal, pois que nossos dias se passam no âmbito dos nossos gestos e comportamentos.
Geralmente as pessoas que fazem o bem e que evitam qualquer atitude menos digna, vivem mais tranqüilas, bem-humoradas, sorridentes, enquanto que aquelas que seguem pelas vielas do mal, causando prejuízos sociais, provocando sofrimentos alheios, via de regra, são carrancudas, mal-humoradas, amargas e muito infelizes.
Temos liberdade para escolher como desejamos viver, no entanto não podemos olvidar que cada qual receberá o reflexo do que faz. Assim, imperioso se torna que analisemos o conteúdo das nossas ações, pois que o sofrimento que por ventura estejamos conhecendo não nasce por culpa alheia, mas diretamente da nossa invigilância em seguir pela vida descuidadamente.
Visando a nossa felicidade, não basta que evitemos o mal é preciso que façamos o bem, no limite nas nossas forças. Devemos entender, então, que não podemos dispensar o esforço em sermos bons, contribuindo para que o sofrimento do próximo seja diminuído, pois à medida que nos preocupamos com aqueles que seguem conosco, pela lei de compensação a Providência Divina também se ocupará em nos socorrer naquilo que temos necessidade.
O bem, em nossa vida, deve estar presente constantemente, pois que será a garantia de que também estaremos vivendo dentro dele, uma vez que as ações benéficas criam ao nosso redor um clima de paz, fraternidade e altruísmo, situação que gera conforto espiritual de que tanto precisamos.
Persistir no erro, sabendo que estamos fazendo o mal será prosseguir plantando espinheiros cujos espinhos estarão sempre nos causando problemas.
O bem, sempre o bem, em qualquer circunstância...