Leonardo Azambuja é médico especialista em cirurgia geral, nutrologia, ciência da fisiologia humana e longevidade saudável
Leonardo Azambuja é médico especialista em cirurgia geral, nutrologia, ciência da fisiologia humana e longevidade saudável (Foto: A Cidade)
Muitos já ouviram falar que o
corpo e o cérebro funcionam de forma interligada, e que o estresse e a
ansiedade em excesso geram reações fisiológicas que podem levar ao
desequilíbrio do organismo. Um dos achados mais recentes sobre esta relação foi
publicado na revista Nature Medicine e serve de alerta para quem vive
estressado e não avalia corretamente sua alimentação. Segundo pesquisadores do
Centro Médico da Universidade de Georgetown, nos Estados Unidos, o neuropeptídeo
Y (NPY), um neurotransmissor que induz à sensação de saciedade, também regula a
obesidade abdominal induzida pelo estresse, ou seja, quando estimulada pelo
estresse, a atividade do neurotransmissor resulta no acúmulo de gorduras na
região do abdômen, o que pode levar à obesidade e à doença cardiovascular.
Outro efeito negativo do estresse já comprovado é o aumento da produção de
cortisol e adrenalina pelas glândulas suprarrenais. Quando em excesso no
organismo, estes hormônios levam à redução do calibre dos vasos sanguíneos,
potencializando, a longo prazo, o risco de hipertensão e de arritmias
cardíacas.
O excesso de tensão também
gera a queda do desempenho cognitivo, disfunções da tireoide e erétil (em
homens), problemas de pele, rigidez muscular, ossos enfraquecidos e problemas
gastrointestinais – estes também ligados à depressão e à ansiedade, já que as
bactérias intestinais são parte ativa e integrada na produção e regulação da
serotonina no organismo.
A vitamina C, por exemplo,
encontrada em frutas cítricas, diminui a secreção do cortisol, ajudando no bom
funcionamento do sistema nervoso e aumentando a sensação de bem-estar.
Já a banana e os ovos são
fontes do aminoácido triptofano, que é um precursor essencial
para a formação de serotonina,
neurotransmissor que facilita a comunicação entre os neurônios, regulando o
humor, a sensação de fome e o sono, e é responsável pelo bem-estar e
relaxamento.
O magnésio, especialmente
quando associado ao cálcio, também pode ser usado no combate ao estado de tensão
crônica. Isso porque o estresse crônico provoca, a longo prazo, a degeneração
do sistema nervoso, e alimentos que contêm magnésio combatem essa degeneração.
Frutas coloridas com casca
escura têm fitoquímicos e antioxidantes, que ajudam a controlar a glicemia,
graças à rápida liberação de insulina, o que faz com que os níveis de cortisol
e adrenalina gerados pelo estresse agudo sejam reduzidos drasticamente.
O estresse emocional vem do
mal funcionamento da química do corpo e do cérebro, por isso é importante
manter um bom equilíbrio, para boa produção de neurotransmissores e hormônios.
O auxílio da meditação, yoga,
viagens, clínicas de repouso, SPA e pratica de atividade física regular são
ótimos para mudarmos nossa rotina do dia e procurar uma paz e pensamentos
positivos, assim auxiliando a diminuição da produção de cortisol pelo nosso
organismo.
Hoje já disponibilizamos de
fitoterápicos capazes de controlar a liberação de cortisol e consequentemente
tendo auxílio no controle do estresse e melhora da qualidade do dia e do
sono.
Boa semana e mantenha a calma
o máximo do tempo possível.