Com o claro processo de extinção de cavalheiros entre nós, sobram os ridículos.
Ridículos, você sabe, são os provincianos, os cafonas, bregas, jecas, vulgares.
A representação do atraso. Do mal e do atraso.
A plateia, bem sabemos, não é das mais exigentes, vai daí que o que se vê no palco da polis bananeira é um desfiladeiro sem fim de criaturas inacreditáveis. Nem a ficção televisiva é páreo.
A plateia, bem sabemos, é a responsável-mor pela baixíssima qualidade do show. De horrores.
Paga, calada, o altíssimo preço do circo de quinta, que assiste, calada. Não vê a menor graça nos palhaços de sempre, e, mesmo assim, não pede o dinheiro do ingresso de volta. Os donos do picadeiro acham que está tudo bem, e, ok, segue o circo.
Com lona furada, animais doentes, e equilibristas que não saem do chão.
O horror! Horror!
Fica-se, com efeito, na dúvida, sobre até quando, a mesmice da jequice bananeira perdurará.
Até quanto, um povo, uma sociedade, aguenta ser brega, atrasada, fora da realidade. Do mundo. E sustentar a nomenklatura que mantém o provincianismo, a imbecilidade padrão.
A história mostra que massas populacionais acéfalas por décadas de aprisionamento intelectual levam em média 70 anos para acordar do pesadelo do pensamento rebaixado à completa cegueira voluntária.
Com whatsapp, internet, fake news e tudo, e com muita sorte, talvez consigamos nos desvencilhar do atraso - e do mal -, em menos tempo.
Do contrário, seguiremos como mais um descalabro latino, um país pobre, ignorante e brega. Muito brega. Com camisas de mangas longas amarelas e bigodinho, e tudo o mais – o horror! Horror!
Porque, por estas paragens, parece que ninguém se mexe enquanto não enxerga o fim do poço que apareceu depois do fim do poço.
E, enquanto isso, a história demonstra, os ridículos cafonas de sempre, dilapidam o erário, sangram os cofres públicos com os mais cínicos sorrisos. Sorrisos de palhaços, você sabe - a cara do Coringa.
O problema de integrar uma sociedade bovina é que se trabalha bovinamente para nada; para sustentar uma classe de alucinados, enlouquecidos pelo poder - o poder, pelo poder -, sem projeto, sem pauta, sem agenda, sem razão alguma de ser. Sustenta-se as quimeras alucinadas de alguns e a vida miserável de milhões.
Um faz de conta abaixo da crítica.
Ridículo.