Graziele Delgado e Evandro Valereto (Foto: Arquivo Pessoal/ A Cidade)
Olá, querido(a) leitor(a)! Lá se vão 24 dias do mês de janeiro e a pergunta é: o que você fez até agora para realizar o que você deseja? O tempo é um dos únicos recursos que temos em que não há volta: tempo perdido é só tempo perdido. E se em 24 dias você ainda não fez absolutamente nada que te ajude a ser mais saudável, a controlar mais seu dinheiro, a aprender algo novo, etc., então você está jogando vida fora. Talvez, você já saiba o que precisa ser feito, mas está faltando ação. E, provavelmente, falta a ação porque os significados da sua mudança não são fortes o suficiente para você.
Veja: por que você deveria cuidar melhor do seu dinheiro? Por que você deveria se alimentar melhor? Por que você deveria fazer atividade física? Por que você deveria buscar mais conhecimento? Todo comportamento tem uma função e nosso cérebro funciona segundo um sistema de recompensas. Se você não enxergar benefícios, recompensas e não colocar um sentido real nisso tudo, aquela sensação de terminar o ano sempre no mesmo lugar, como se tivesse nadado, nadado e morrido na praia, vai continuar se repetindo até o final da sua vida.
O dinheiro precisa ser olhado como uma ferramenta que vai te trazer mais qualidade de vida, opções de escolha, que vai te dar a possibilidade de dizer “não” para o que você não quer fazer, que te ajuda a resolver alguns problemas de forma mais rápida e eficiente. Enquanto o dinheiro não for olhado como ferramenta, enquanto você trabalhar para pagar boletos, não vai mesmo fazer sentido ter um orçamento, controlar o cartão de crédito e sair desse looping de dívidas que você vive. Enquanto o significado de investir não for suficiente para você, ou a recompensa parecer longe demais, você não vai conseguir ser constante nas suas escolhas. E sem constância, não há resultado satisfatório e, portanto, não há recompensa suficiente para te colocar em movimento.
Mudar comportamentos não é fácil: a essa altura, você já tem um software programado em relação a compras, promoções, anúncios, fuga de frustrações, etc. O que a compra significa para você? Ela substitui o lazer que falta na sua rotina? Ela esconde os buracos causados pelas frustrações do seu trabalho? Ela devolve um pouco do prazer que falta no seu relacionamento? Ela compensa suas amarguras? Por que seu guarda-roupa está sempre cheio, mas você vive cada vez com menos opções? Encontre seus por quês. Tenha coragem para buscá-los.
Entenda que o seu cérebro vai negociar com você o tempo todo: ele odeia gastar energia e sempre vai buscar o atalho. Ser sua melhor versão, cuidar bem da sua saúde, do seu dinheiro, investir com inteligência, buscar conhecimento para fazer melhores escolhas, ter um relacionamento bacana: tudo isso dá trabalho. Por isso você está sempre negociando consigo mesmo. E nessa guerra interna, seu cérebro e seus hábitos sempre vão ganhar: é muito difícil ceder. É por isso que tão poucos conseguem.
Por isso, repetimos: dê um significado que torne sua organização financeira inegociável. De preferência, relacionado a uma recompensa que não está tão longe, lá no final da sua vida, mas que está no processo. Que você consiga sentir prazer e confiança conforme avança nesse caminho. Afinal, o caminho da liberdade e da segurança financeira se faz caminhando. Não espere estar pronto: entre em movimento e se contente em dar pequenos passos a cada dia.
Saia da zona de sobrevivência: dinheiro não serve para pagar conta e boleto. Dinheiro serve para construir liberdade e segurança. Comece com o que você tem agora, fazendo o melhor que você pode! Tenha uma excelente semana, caro(a) leitor(a).