Olá, querido(a) leitor(a)! Sem dúvida, esta é uma das perguntas mais frequentes nas nossas redes sociais, cursos, palestras e vida: “é possível começar a investir com pouco dinheiro?”. O artigo desta semana será dedicado a respondê-la, sempre levando em consideração que o primeiro investimento é e sempre será em conhecimento. Independente de investir pouco ou muito, o que fará grande diferença nos seus resultados é saber como e onde alocar seu dinheiro: isso é inegociável.
E já começamos a responder a pergunta principal: SIM, é possível investir com pouco! Porém, existe um passo que antecede a preocupação com a quantidade: o hábito. Antes mesmo que você comece a pensar em quanto deveria ou poderia investir, é necessário criar o hábito de guardar todos os meses. Quando estamos falando da construção de renda passiva e liberdade financeira, existem alguns pontos essenciais do caminho:
•    Investir sempre (todos os meses);
•    Ter uma estratégia de investimentos de acordo com seu perfil de risco e seus objetivos;
•    Reinvestir os rendimentos;
•    Ter paciência.
O hábito de investir é mais importante do que a quantidade. Poupar e investir são comportamentos: se você nunca fez isso antes, não vai ser algo tão fácil e automático assim – todos seus circuitos cerebrais estão programados para gastar e não guardar nada de dinheiro. Você tem dezenas de gastos desnecessários, que faz por hábito, e nem percebe no dia a dia: esses sim são seus grandes inimigos dos investimentos. As pessoas acreditam que precisam eliminar despesas importantes do seu dia a dia para começarem a investir, mas a verdade é que não: se você conseguir mapear e parar de gastar com besteiras, por hábito, o dinheiro já vai começar a sobrar na conta.
Agora, se o assunto é sobrar dinheiro, já fica o aviso: se você deixar para investir o que sobra do mês, não vai investir nunca. É humano: enquanto tiver dinheiro na conta vamos gastando sem perceber. A estratégia é investir primeiro e viver com o que sobra: assim que seu salário cai na conta, você já separa (de preferência, em outra conta ou já na corretora) o dinheiro dos investimentos e vive com o que sobra – é assim que você garante que, mesmo diante de imprevistos ou da correria do dia a dia, seus investimentos estarão garantidos. Lembre-se: a cada vez que você investe, está comprando renda para seu futuro.
Outro ponto importante para investidores iniciantes é o risco. Existem dois tipos de pessoas nos investimentos: os que morrem de medo de perder dinheiro e, por isso, deixam de alocar em ativos mais seguros e rentáveis, ou seja, evitam os riscos; e aqueles que não tem a menor ideia do que é risco e saem colocando dinheiro em qualquer coisa, segundo recomendações de pessoas que sequer o conhecem, em qualquer ativo da moda, etc. Não esteja em nenhum desses extremos: risco não se evita, se faz gestão. 
Todos os dias você corre o risco de ser atropelado ao sair na rua: isso te impede de sair? Não: você adota uma série de estratégias para diminuir esse risco – atravessa na faixa de pedestres; espera o semáforo ficar vermelho para atravessar; olha para os dois lados da rua; anda na calçada. Mas só é possível tomar esses cuidados porque você conhece os perigos. Com os investimentos é a mesma coisa: você precisa conhecer e saber dos riscos dos ativos para conseguir diminuí-los. O investidor iniciante é quase como uma criança atravessando a rua: impulsivo, sem cuidado, quer sair correndo para chegar logo. Por isso o conhecimento é inegociável.
Os desafios iniciais são muitos, mas é possível: investir com pouco dinheiro, criar o hábito, organizar suas finanças e construir sua liberdade. O tempo passará de qualquer jeito: você fazendo ou não. E quando ele passar, em que ponto da vida você quer estar? Investir e cuidar do seu dinheiro é sobre isso: construir segurança e conforto para o futuro. E nem é necessário investir tanto assim para conseguir: mas é um caminho que se faz caminhando! Este é nosso propósito por aqui: pegar na sua mão e trilhar essa jornada. Tenha uma excelente semana, querido(a) leitor(a).