Vanessa Bortolozo (Foto: Divulgação)
Quais os professores que mais nos impressionaram ao longo de nossa carreira? Aqueles que mais sabiam ou os que melhor transmitiam os seus saberes? Quais os candidatos mais apreciados em uma entrevista de emprego? Aqueles que se retraem mesmo conhecendo os assuntos perguntados ou aqueles que dominando as ferramentas da comunicação transmitem naturalidade e segurança? Lembre-se das pessoas em sua volta que podem ser ditas “de sucesso”. O que elas têm em comum?
Se observarmos essas pessoas, em sua maioria, uma característica eles possuem em comum, são boas comunicadoras.
Mas o que é preciso para se comunicar bem?
Muitas pessoas acreditam que só o conhecimento basta para que se obtenha êxito no processo de comunicação. O conhecimento sem dúvida é a base de uma boa comunicação, mas só ele não garante que obtenhamos sucesso em nossas explanações. É fundamental que saibamos transmitir esse conhecimento de forma clara e objetiva. Sendo imprescindível adequar nossa linguagem ao tipo de público que está nos ouvindo, tendo empatia e carisma, utilizando todo arsenal que possuímos e muitas vezes desconhecemos.
Sabe-se que em toda comunicação interpessoal cerca de 7% da mensagem é verbal (somente palavras), 38% é vocal (incluindo tom de voz, inflexão e outros sons) e 55 % equivalem à expressão facial e corporal, ou seja 93% do processo de comunicação estão relacionados à linguagem não-verbal.
Além das palavras, existe um mundo infinito de nuances e prismas diferentes que geram energias ou estímulos que são percebidos e recebidos pelo outro, através dos quais a comunicação se processa. Um olhar, um tom de voz um pouco diferente, um franzir, um levantar de sobrancelhas, podem comunicar muito mais do que está contido em uma mensagem manifestada através das palavras.
Um aspecto interessante em relação a esse assunto é que as mulheres têm uma capacidade inata de captar e decifrar os sinais não-verbais. Um outro aspecto fundamental em relação ao processo de comunicação é o uso adequado da emoção. Mas é importante ressaltar que apelos emocionais devem ser usados com sensibilidade, habilidade e cautela, para apoiar e equilibrar apelos dirigidos à razão e à lógica.
O fascinante em relação à linguagem não-verbal é que raramente temos consciência de nossa entonação de voz, postura, movimentos e gestos e que muitas vezes eles podem estar contando uma história enquanto as palavras estão contando outra. É importante salientar que em muitos casos, quando suas palavras não estiverem concordando com suas ações, seu ouvinte acreditará em suas ações.
Portanto, devemos aprender a prestar mais atenção aos nossos sinais não-verbais e a interpretar corretamente ao dos outros, passando assim a ter mais controle sobre as situações.
O segredo da leitura da linguagem não-verbal está na capacidade de escutar claramente o que se diz e observar os gestos e atitudes, estando atendo ao contexto e a coerência dos sinais. Não existe uma receita mágica para uma comunicação efetiva. O fundamental é o conhecimento de técnicas e a prática.