Graziele Delgado e Evandro Valereto (Foto: Arquivo Pessoal/ A Cidade)
Olá, querido(a) leitor(a). Dia desses, conversando com um amigo, ele perguntou “qual é sua orientação sobre a porcentagem de recursos que deve ser destinado para cada categoria da vida – investimentos, lazer, etc?”. Talvez essa também seja sua dúvida, por isso resolvemos trazer essa reposta para nossa Newsletter, compartilhando um pouco da nossa visão sobre a gestão do seu dinheiro.
O primeiro ponto desta resposta é: não existe receita. Seria muito fácil criar uma regra em que todo mundo deveria investir 10% do seu salário, destinar 15% para estudos, 20% para lazer e por aí vai... mas o desafio de lidar com o dinheiro é, justamente, que nosso consumo precisa refletir nossas prioridades de vida, e existem muitas variáveis atuando nisso. Qual seu momento de vida? Qual sua prioridade agora? Quais suas necessidades básicas? Qual seu ponto fraco na hora de consumir? Tudo isso precisa ser levado em consideração para pensar na gestão de recursos.
E isso nos leva a uma reflexão mais profunda sobre a gestão do dinheiro: a forma de você gasta e poupa tem refletido suas prioridades? O modo como você usa seu dinheiro é um reflexo da vida que você gostaria de ter? Quais sementes estão sendo plantadas para um futuro mais seguro? Quais prazeres você tem se permitido ter no presente? Qual o real preço dos seus sonhos?
Talvez, você pensou em se aposentar mais cedo e isso é importante para você. Mas, investir mais dinheiro no presente significa menos hobbies, menos lazer, menos qualidade de vida. Este é um preço que você quer pagar? Talvez, você seja uma pessoa que não se importa muito com status e prefere ter uma vida mais simples para viver mais experiências. Entende o quanto cada pessoa tem prioridades diferentes? Entende o quanto é perigoso falar de dinheiro com receitas prontas, sem levar em consideração o ser humano por trás das decisões?
Portanto, se você quer cuidar do seu dinheiro de forma a alcançar qualidade de vida no presente e segurança no futuro, você precisa conhecer a si mesmo(a). Precisa saber com profundidade seus sonhos e prioridades, entender seus pontos fracos do consumo, ter consciência sobre a vida que quer viver, quais sementes precisa plantar para chegar lá e o que é inegociável para você.
Foi exatamente essa resposta que demos para nosso amigo, que tem clareza sobre seus hobbies e prioridades – investir mais significa aproveitar menos desse hobby no presente, em troca de alguns poucos anos de adiantamento da aposentadoria. Este é um preço que ele gostaria de pagar? Este é um preço que você gostaria de pagar? Coloque suas prioridades na balança e entenda o que é importante para você – essa é a única forma de cuidar do seu dinheiro sem desperdiçar sua vida. Tenha uma excelente semana, querido(a) leitor(a).