Grazi Cavenaghi (Foto: Divulgação)
Dá para acreditar que já estamos em dezembro? Esse ano parece que voou, você sentiu isso? Essa sensação vem me incomodando e, por isso, resolvi compartilhar com você hoje para refletirmos juntos e meditarmos neste tema durante a semana. Venho conversando com as pessoas sobre isso há alguns dias, explorando diversas opiniões, e essa semana passei fechando os manuais de culturas construídos no ano de algumas empresas e, olhando mês a mês, parecia irreal o que construímos comparado ao tempo que passamos. Logo, a minha conclusão é de que essa sensação de que o tempo voou veio do excesso de informações a que somos “bombardeados” todos os dias! É muita coisa! É uma “poluição” de imagens, ideias, sons…
Fui então pesquisar sobre o tema e me deparei com um termo criado pelo espanhol Alfons Cornella em 1996: “infoxicação” - uma mistura de ‘informação’ e ‘intoxicação’, que ilustra vividamente o cenário deste ano. Nesse mundo, onde as informações fluem incessantemente como um rio em tempestade, somos todos navegadores procurando manter o curso da nossa vida sem sermos tragados pela correnteza do excesso que leva o nosso tempo, ou seja, a nossa vida! Esse excesso de tudo nos traz a impressão de que estamos sempre atrasados, que nunca temos o suficiente, que nunca sabemos o que é necessário, como se a correnteza que nos leva estivesse dentro de um labirinto de espelhos que, a cada imagem refletida, nos leva a uma nova demanda de interesse, nos pede a nossa atenção e nos desvia do fluxo natural da nossa missão aqui.
Percebe a ironia do nosso tempo: em busca de conhecimento, de nos aperfeiçoarmos, sermos “melhores”, acabamos muitas vezes navegando em um oceano de incertezas, onde tudo é possível, mas nem tudo é benéfico!
Logo, vejo a necessidade de fecharmos o ciclo de 2023 com uma análise meticulosa do que estamos consumindo! E a partir desta visão, lembrei-me do livro ‘Essencialismo’ de Greg Mckeown, que li há algum tempo e que fala exatamente sobre isso: eliminar o excesso e fazer a seleção do que é importante.
Greg define o essencialismo como: ‘O essencialismo não trata de fazer mais; trata de fazer as coisas certas. Também não se trata de fazer menos, só por fazer menos. É investir tempo e energia da forma mais sábia possível para dar sua contribuição máxima fazendo apenas o essencial.’ Ou seja, devemos sair desse fluxo, dessa correnteza, e seguirmos o nosso propósito: é para mim, digo sim; não é, digo não, simples assim!
Portanto, que possamos analisar bem e ficar com o essencial para nós. A nossa liberdade está na nossa capacidade de escolher.
E como nosso foco é progredir, vamos juntos?
Sinceramente, eu não quero ter essa sensação de que o tempo voou no fim de 2024, então, vamos limpar os excessos da nossa vida. Para isso, vou trazer três pontos para a meditação da semana - o pensar, fazer e obter do essencialista e do não essencialista (o que deixa o tempo voar).
1. O que pensa:
Não essencialista - Tudo para todos - ‘Tenho que fazer.’ - ‘Tudo é importante.’ - ‘Como dar conta de tudo?’
Essencialista - Menos, porém melhor - ‘Escolho fazer.’ - ‘Apenas poucas coisas que importam.’ - ‘Do que abrir mão?’
2. O que faz:
Não essencialista - Busca por mais - ‘Reage ao urgente.’ - ‘Diz sim sem pensar.’ - ‘Força a execução na última hora.’
Essencialista - Busca por menos - ‘Faz pausa para escolher o que realmente importa.’ - ‘Diz não a tudo, menos ao essencial.’ - ‘Remove obstáculos para tornar a execução fácil.’
3. O que obtém: Não essencialista - Leva uma vida que não satisfaz. - ‘Aceita tarefas demais.’ - ‘Não sabe se as coisas certas foram feitas.’ - ‘Sente-se exausto e sobrecarregado.’ Essencialista - Leva uma vida com significado - ‘Escolhe com cuidado para fazer um excelente trabalho.’ - ‘Faz as coisas certas.’ - ‘Sente alegria na jornada.’
Agora é nos preparar para que em 2024 sejamos essencialistas e que essa sensação de tempo voar passe a ser de alegria em viver!
Pode vir 2024, estamos nos preparando para você!
Seguimos escolhendo a vida, por um eu melhor, as pessoas à nossa volta melhores, um mundo melhor.
Vamos juntos? Porque juntos somos mais.