Grazi Cavenaghi (Foto: Divulgação)
Quinquagésimo segundo encontro deste ano, nosso último momento de 2023 juntos! Começo agradecendo a confiança e a troca que tivemos, pois sempre é uma alegria estar com você, evoluindo, na construção de um mundo melhor por pessoas melhores. Passamos as últimas quatro semanas refletindo sobre a nossa preparação para o ano novo, e delas trouxemos ações práticas para trazer as mudanças:
1. Eliminar os excessos, deixar somente o que é essencial para continuar a caminhar;
2. Perceber as principais distrações que fazem você errar o “alvo”: ira, orgulho, vaidade, inveja, avareza, medo, gula, luxúria e preguiça;
3. Liberar o que é do outro, ou seja, deixar de se ofender, de se magoar;
4. Curar as suas feridas, ou seja, perdoar, libertar-se!
E hoje, minha programação era fecharmos o ano falando da importância do planejamento, já que essa é a base para resultados na vida e nos negócios. Contudo, recebi um chamado maior que veio da lembrança da minha avó Zana.
Então, é sobre ela que falaremos hoje: a minha avó materna, aquela que já conhecemos, que tinha a “mama fake”, a que, com o câncer, após a retirada da mama, ela mesma fabricou de tecido uma mama, que usava embaixo do sutiã, sem reclamar ou se sentir vítima. Ela “se virou” com o que tinha em mãos e resolveu seu problema da melhor forma possível naquele momento.
Sei que você, com certeza, tem boas lembranças das suas avós, que sempre nos trazem grandes lições. A avó Susana, que chamo carinhosamente de Zana, era uma das mulheres mais vaidosas que conheci. Casa sempre impecável, ela acordava muito cedo e, lá pelas 8h, sua casa estava limpa e ela já arrumada, saía para vender seus produtos.
Tudo era organizado ao extremo, limpo ao extremo; os alumínios eram polidos e tinham um brilho que pareciam prata. Ela tinha um jogo de latas que servia de decoração em cima do armário e era polido em círculos; sim, ela tinha essa criatividade - usava a palha de aço com muita força e tempo para deixá-los belos!
A casa era forrada com retalhos de pano que ela costurava e pregava no teto, evitando assim a terra que caía do telhado. A cama tinha sempre uma bela colcha de retalhos que ela mesma costurava; os tapetes eram fofos, todos feitos de retalhos de biquínis que ganhava nas fábricas.
Ela vendia de tudo, tinha um crediário próprio onde ia receber na data das clientes e assim já fazia mais vendas, sempre personalizadas ao gosto dos compradores. Tinha uma vasta cartela de clientes fidelizados que confiavam na sua curadoria de produtos. O único detalhe é que ela não sabia ler nem escrever, e isso nunca foi um impedimento para ela. Como sempre, D. Zana se virava da melhor forma que podia.
Ah, mas vamos para a grande lição da sábia avó, que desejo que possamos incutir em nossa vida. Eu só interiorizei a lição após encontrá-la em 2019 no livro “Os quatro compromissos”, de Don Miguel Ruiz, que traz a filosofia de vida do povo Tolteca, onde ela é um dos compromissos. Foi somente após esse estudo que consegui entender a profundidade do que minha avó trazia na sua “lição dos anjinhos”.
Minha avó ficava muito brava comigo quando eu dizia algo ruim; ela falava: “Grazi, cuidado com o que sai da sua boca, filha.” Às vezes, eu falava bobagem, falava que algo não iria dar certo, que não iria acontecer, e ela dizia: “Cuidado com o que sai da sua boca, fia. Os anjinhos ficam lá no céu, de mãozinhas assim, ó, balançando pra cima e pra baixo, e eles falam: “Amém, amém, amém, amém, amém, amém, amém.” Se quando você fala alguma coisa, a mãozinha do anjo estiver para cima, aquilo vai acontecer.”
Hoje sei o quanto isso faz sentido; tudo que falamos cria a nossa realidade!
Ruiz no seu livro traz a lição dos anjinhos como o compromisso da “impecabilidade da palavra”, ou seja, falar com integridade, sempre a verdade, pois o povo tolteca enfatizava a relevância da palavra na vida humana, crendo que, ao falar criamos e materializamos os nossos pensamentos.
Portanto, que você possa perceber em 2024 o que sai da sua boca, porque tudo é criado com as suas palavras! Cuidado com elas!
Toda palavra dita, por exemplo, para o seu filho, vira bênção ou maldição. Perceba na história de pessoas que prosperam muito; sempre existiu um pai ou uma mãe abençoando, acreditando, fortalecendo as qualidades.
Quando você diz, você antes imaginou aquilo; logo, criou. Cuidado com o que sai da sua boca! No livro mais lido do mundo, a Bíblia, tem em Provérbios 18:21: “A língua tem poder sobre a vida e sobre a morte; os que a usam habilmente serão recompensados.”
Muita sabedoria nesta lição da querida avó Zana.
E como nosso foco é progredir, vamos juntos?
Lembre-se da “lição dos anjinhos” e da mãozinha da D. Zana mexendo todos os 366 dias de 2024. Crie a realidade da sua vida cuidando do que sai da sua boca. Lembro você que pensar também cria a realidade; logo, zele dos seus pensamentos.
Honre a sua vida de hoje, vivendo da melhor forma possível, sem reclamar, agindo com o que tem em mãos, e cuidando do que pensa e fala.
Que o ano de 2024 seja um ano de muita criação, de criação do bem, da justiça, da retidão, uma criação que segue os princípios do Arquiteto do Universo, a criação de um mundo de amor.
Esse é o desejo que tenho para cada um de nós, para a nossa família, para o nosso negócio e para a nossa sociedade. Um ano repleto de incríveis criações!
Pode vir 2024, estamos preparados para você!
Seguimos com a sabedoria da avó Zana, criando a cada dia, por um eu melhor, as pessoas à nossa volta melhores, um mundo melhor.
Vamos juntos?
Porque juntos somos +