Grazi Cavenaghi (Foto: Divulgação)
Seja bem-vindo ao nosso encontro semanal, sempre uma alegria estar com você.
Vou compartilhar um resultado relevante da nossa troca semanal. Eu estive professora de Matemática por mais de 20 anos, e recentemente recebi de um dos meus alunos uma foto de uma das minhas colunas. Ele dizia que as leituras estavam o ajudando a entender, melhorar e se posicionar na sua trajetória, destacando a clareza de que “escolhemos a nossa realidade, e que cada um tem a sua e está tudo bem, que a realidade é sobre estar bem”. Agradeceu e me contou algo que eu não lembrava: ele disse, “Professora, você lembra que eu falava para você que queria mexer com caminhão e você me dizia que era melhor eu ser dono deles? Nunca me desencorajou”, e contou que já tinha o caminhão e funcionário. Olha o poder da fala de uma professora a um aluno.
E por que estou contanto isso? Porque você sabe que esse ano a minha palavra é comprometimento, e recebi a missão de focar em dois pontos para discutirmos e evoluirmos: cicatrizar as “feridas”, ou seja, se perdoar e perdoar tudo que foi; e ter atenção ao que criamos com nossas palavras, pois elas moldam a nossa realidade. Salomão em Provérbios 23:7 afirma: “Assim como você pensa na sua alma, assim você é”. Discutimos sobre isso no nosso último encontro de 2023 com a sabedoria da Avó Zana.
Logo, vejo ser de extrema importância observar o que sai da nossa boca, e o foco de hoje é olharmos para o que dizemos ao outro. Muitas histórias que ouvimos se tornam regra na nossa vida, viram crenças, que podem ser positivas ou negativas.
Uma nos leva ao progresso, enquanto a outra nos prende nas “verdades que não existem” e atrapalham nossa evolução. Vou trazer dois bons exemplos.
Em um treinamento onde discutimos sobre valores pessoais e da empresa, um dos participantes me disse que ficava muito incomodado com alguns clientes e pares quando algo que eles falavam o irritava, e que ele precisava aprender a perdoar essas falas, mas que para ele isso era muito difícil e atrapalhava muito seus resultados. Perguntei quem na sua família também tinha essa dificuldade, e ele respondeu rapidamente: “Meu pai! Ele sempre dizia: ‘Esse aí acabou para mim’, e assim ia excluindo as pessoas da sua convivência”.
Percebeu a crença que o pai criou nele? “Não perdoa ninguém, filho!” E isso virou uma regra para a vida dele que atrapalhava sua prosperidade. Pais, professores e todas as pessoas que têm autoridade em nossa vida criam “verdades”. Você sabia que apenas 5% do que fazemos estamos conscientes? 95% das decisões que tomamos são inconscientes e baseadas, muitas vezes, nessas “verdades”. Perceba o poder da fala que vira uma crença.
Outro exemplo que trago, esse positivo, é do Jota Jota Podcast que ouvi essa semana, onde o entrevistado foi Marcel Conte, editor-chefe da editora Citadel, um especialista em Napoleon Hill, um grande escritor americano que passou mais de duas décadas mapeando os fatores de sucesso. Aliás, os seus livros me ajudaram demais e ajudaram também milhões de pessoas pelo mundo. Na entrevista, Conte conta que Napoleon era um garoto que tinha a ambição de ser o mais malvado de todos os meninos. Com nove anos, ganhou um revólver de um tio, era fã de Jesse James (um fora-da-lei norte-americano, que durante o século XIX aterrorizou os Estados Unidos com assaltos, roubos e mortes), chegou até a entrar na sua igreja (eram presbiterianos ortodoxos) e causar um grande tumulto. Sua mãe morreu e seu pai casou-se de novo; ele e seu irmão esperaram Martha Banner, a madrasta, com o pensamento: “vamos causar um inferno na vida desta mulher, ela vai sofrer”.
Porém, ao seu pai apresentar o seu filho Napoleon a Marta, disse: “esse é meu filho, um garoto problema, o mais malvado da região, não te assusta, e fica de olho aberto, porque com certeza ele amanhã vai lhe dar uma pedrada”. Marta, muito sábia, caminhou até o garoto, olhou nos seus olhos e disse: “você não é o mais malvado, seu olhar mostra que você é o mais esperto, só não está colocando energia no lugar certo”. Nenhuma pessoa nunca havia feito um elogio até então para ele. Ela mudou a vida dele com isso e fez um acordo com ele: disse que ela poderia dar uma arma mais poderosa que o seu revólver, pois com o revólver ele só acertava um, mas com a que ela daria, ele acertaria muitos - uma máquina de escrever.
Foi então, que com sua fala e o seu incentivo ela mudou a realidade daquele garoto com 10 anos, que veio a se tornar a maior referência mundial em desenvolvimento humano.
Acredito que com esses casos reais, podemos ter a certeza do poder das palavras na construção de um novo caminho.
E como nosso foco é progredir, vamos juntos?
Você nas suas falas julga e foca no negativo, desacreditando?
Ou aceita, acolhe e confia que é possível?
Use seu “botão da percepção” para entender o impacto de suas palavras. Como Henry Ford dizia: “Se você acha que pode, ou que não pode fazer alguma coisa, você tem sempre razão”.
Seguimos juntos por um eu melhor, as pessoas à nossa volta melhores,
um mundo melhor.
Vamos juntos?
Porque juntos somos +