Graziele Delgado e Evandro Valereto (Foto: Arquivo Pessoal/ A Cidade)
Olá, querido(a) leitor(a), como vai? Você certamente já ouviu falar algo sobre o mundo dos investimentos e, talvez, até já tenha tido a curiosidade de buscar mais informações: assistir um vídeo na internet, tentar ler algum livro, ou mesmo seguir as informações por aqui, na nossa coluna semanal. Muito se fala sobre os investimentos como forma de construir renda passiva, mais conhecida como “aposentadoria”, aqui no Brasil. Mas, pouco se fala no quanto os investimentos afetam a qualidade de vida de todas as pessoas e da economia do país. É sobre isso que falaremos hoje.
A primeira coisa que você precisa entender sobre os investimentos é que não é preciso ser rico para investir: essa é uma crença limitante muito comum. Existem infinitas provas concretas disso, mas talvez, a mais famosa seja a história de Ronald Read, conhecido como “zelador de milhões”. Apesar de viver uma vida muito humilde e simples, este americano se tornou milionário por meio dos investimentos, uma prática que fez de maneira simples e disciplinada, durante toda sua vida. Ao morrer, ele fez doações milionárias para a biblioteca e o hospital de sua cidade natal, lugares que costumava frequentar. Foi um susto porque ninguém imaginava que aquele homem seria um afortunado!
Já falamos isso muitas vezes na nossa coluna: investir é um caminho que possibilita a qualquer pessoa construir segurança e liberdade financeiras para sua família. Mas, infelizmente, a realidade do Brasil está muito longe da ideal: apenas 4,4 milhões de pessoas investem, o que corresponde a menos de 3% da população. Se o impacto dessa realidade fosse apenas em âmbito individual, talvez não precisássemos falar tanto disso por aqui. A grande questão (e esse é um dos grandes motivos porque somos um país subdesenvolvido) é que as pessoas têm medo de correr riscos e são educadas para consumir. Mas, antes de consumir, é necessário produzir: é aonde mora o buraco.
Investir não é sobre deixar seu dinheiro no Tesouro Direto, rendendo 15% ao ano, em um cenário econômico caótico, que precisa oferecer recompensas enormes para funcionar: isso é rentismo. Investir é sobre gerar riqueza. Quando a dona Maria, sua vizinha, decide fazer pães para vender, ela é uma investidora: está gerando riqueza para a sociedade, não só em âmbito financeiro. Este é o investimento que enriquece toda uma nação: o investimento em negócios. Obviamente, não estamos dizendo que todos deveriam se tornar empreendedores e abrir empresas, mas qualquer pessoa pode participar de negócios por meio da bolsa de valores e do mercado financeiro. Você não precisa abrir sua própria empresa, mas pode se tornar sócio delas por meio dos investimentos.
O medo de correr riscos cria uma cultura em que não se poupa dinheiro e, muito menos, se investe. Isso afeta toda a cadeia de produção, trazendo menos produtividade e deixando o país todos mais pobre. Investir é sobre colocar seu dinheiro para financiar soluções que vão afetar a vida de todos, melhorar a qualidade dos produtos e serviços, gerar mais empregos, etc. Mas o medo de perder, aliado à falta de educação financeira, leva as pessoas a acreditarem que bolsa de valores é cassino e que é melhor deixar o dinheiro parado na poupança do que colocá-lo para trabalhar. A verdadeira riqueza é gerada pela produção de bens e serviços, o dinheiro é apenas sua representação.
Entenda: não existe geração de riqueza sem investimentos. Ou mudamos essa cultura, ou não vamos conseguir sair do lugar. O primeiro passo: conhecimento! É por isso que estamos aqui todas as semanas: organize suas finanças, organize sua vida, realize mais sonhos e, de bandeja, ajude a construir um país mais rico. Boa semana, querido(a) leitor(a)!