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Cidade
Votuporanguense tem 60% do corpo queimado ao tentar salvar a família de incêndio
Warley de Oliveira Leão teria carregado a esposa com o corpo pegando fogo para tentar tirar ela do incêndio, mas a vítima não resistiu
Warley conseguiu salvar a filha de seis anos e carregou a esposa pegando fogo no colo para tentar salvá-la do incêndio (Foto: Arquivo pessoal)
Da redação
O votuporanguense Warley de Oliveira Leão, de 35 anos, que perdeu a esposa Tássia Caroline Pacheco Leão e o filho que ela esperava durante um incêndio no apartamento da família, teve cerca de 60% do corpo queimado ao tentar salvar sua companheira e a outra filha do casal em meio às chamas. A informação foi revelada pela cunhada de Warley, a promotora de eventos Karen Pacheco, em entrevista à imprensa de Americana, onde aconteceu a tragédia.
O incêndio aconteceu em 12 de agosto, segundo relato da Polícia Militar em boletim de ocorrência, após o marido da vítima, ter se confundido e se aproximado com álcool em vez de água de uma panela sobre fogo. O caso é investigado.
Karen ressaltou que o caso foi um acidente e o cunhado se feriu ao salvar a menina e tentar ajudar a esposa, que estava no sétimo mês de gestação. A vítima perdeu o bebê dia 14.
“A gente está sofrendo muito. Minha sobrinha contou que ele carregou ela no colo, e depois a minha irmã pegando fogo. Ele se queimou, abraçou, tentava tirar o fogo […] Ele está lutando pela vida e a gente torce pela recuperação dele”, ressaltou Karen.
O casal foi inicialmente socorrido ao Hospital Municipal de Americana. Tássia sofreu queimaduras em 80% do corpo e o óbito foi confirmado no domingo pela Secretaria de Segurança de São Paulo. A mulher foi sepultada no mesmo dia, no Cemitério Alphacampus, em Jandira (SP).
Já Leão teve pelo menos 60% do corpo queimado, segundo o Corpo de Bombeiros, e foi transferido ao Centro de Tratamento de Queimaduras da Irmandade de Misericórdia de Campinas, onde permanecia internado até a última atualização desta reportagem.
Karen explicou que ele já passou por uma cirurgia, e deve ser submetido a outros dois procedimentos médicos. A assessoria da unidade de saúde, em contrapartida, não se manifestou. “Ele amava muito ela, nunca cogitou possibilidade de viver longe. A situação é bem crítica, a mãe dele está arrasada. Nós também, mas precisamos ser fortes pela minha sobrinha”, frisou Karen.
De acordo com ela, o casal estava junto há dez anos e vivia a expectativa da chegada do bebê. “Eles planejaram a gravidez, estavam felizes pelo menino. Eram muito família”, ressaltou a promotora. A filha do casal, de 6 anos, está sob cuidados da avó paterna, informou Karen.
Investigação A Secretaria da Segurança informou que o caso foi registrado no 3º Distrito Policial de Americana como lesão corporal e comunicação de óbito, e que houve realização de perícia no apartamento. “No local [apartamento], os PMs apuraram que a mulher solicitou ao marido que colocasse água em uma panela que estava no fogão com o fogo aceso. Porém, ele confundiu um galão de álcool com o de água. Ao se aproximar da panela, o fogo se alastrou sobre o galão de álcool e ocorreu uma explosão”, diz nota da SSP.
Notícia publicada no site: www.acidadevotuporanga.com.br
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