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Cidade
Especial 8 de Agosto | O início de uma potência na indústria regional
Desde a chegada dos pioneiros até a implementação da modernidade industrial muitas foram as mudanças e o início em Votuporanga foi por meio das olarias
Votuporanga viu suas primeiras atividades industriais florescerem em meio a olarias. Estas eram essenciais para a construção da pujante cidade, onde edifícios emergiam e novos estabelecimentos comerciais se instalavam, criando um cenário de desenvolvimento acelerado.
Olarias são estabelecimentos industriais onde se fabricavam tijolos, telhas e outros materiais de construção feitos de barro. O processo geralmente envolve a extração de argila, a modelagem dos produtos e a sua queima em fornos para endurecimento. As olarias foram fundamentais no desenvolvimento de muitas cidades, como em Votuporanga, que desempenharam um papel também no crescimento urbano da cidade. De acordo com o livro do votuporanguense Diogo Mendes Vicentini, as primeiras olarias da cidade têm nomes que se destacam na memória coletiva: a olaria do Sr. Domênico (Domingos) Rossini, que chegou à cidade em 12 de setembro de 1939; a olaria da família Fávaro, presente na solenidade da fundação da vila; a olaria São José de Júlio Gregui; a olaria Menezes de João Batista Facchini.
Além da olaria Encarnacion, propriedade de Amador Lopes Rodrigues e Clemente José dos Reis; a olaria de Germano Robachi; a olaria Boa Vista, entre outras. Essas indústrias não só moldaram tijolos, mas também construíram os alicerces econômicos de Votuporanga.
Ainda de acordo com o pesquisador, quase simultaneamente, as serrarias começaram a ser instaladas, complementando o crescimento industrial da cidade. O jornal "A Vanguarda" publicou o artigo "O Parque Industrial de Votuporanga", destacando que, com apenas 17 anos, a cidade já possuía um parque industrial significativo.
Entre as empresas de destaque estavam o "Laticínios So-Nata Ltda.", as empresas algodoeiras "S.A Indústrias Francisco Matarazzo", a "Sociedade Algodoeira Nordeste Brasileiro (SANBRA)" e a "Anderson Clayton & Cia", além da "Cooperativa dos Produtores de Algodão de Fernandópolis", instalada em Simonsen.
Como um centro cafeeiro, Votuporanga contava com cinco máquinas beneficiadoras de café: Mastrocola & Cia., Angelo Commar, Irmãos Ignácio Ltda., Irmãos Santaella Ltda. e João Braolho & Cia. Além disso, Diogo Mendes explica em sua obra que a cidade possuía um diversificado espectro de indústrias: vinte máquinas de benefício de arroz, duas fábricas de bebidas, um grande engenho de aguardente, uma fábrica de farinha de mandioca, uma serraria, uma cerâmica, uma fábrica de ladrilhos e artefatos de granito, um curtume, três fábricas de móveis, duas torrefações de café, quatro carpintarias, três fábricas de carrocerias, três funilarias, duas serralherias, uma fábrica de molas para veículos, oito fábricas de artefatos de couro, uma fábrica de artefatos de madeira, dez fábricas de calçados, uma fábrica de sabão, treze alfaiatarias, duas tapeçarias, três tipografias, oito ferrarias, uma fábrica de macarrão, e outras pequenas indústrias. Este conjunto robusto de indústrias atestava o poderio econômico da jovem cidade.
Hoje, Votuporanga mantém sua relevância no cenário industrial nacional com empresas de destaque como Fachinni, Frango Rico e Rosa Mística. Estas empresas não só perpetuam a tradição industrial da cidade, mas também impulsionam sua economia, projetando Votuporanga como uma referência no setor industrial brasileiro.
Notícia publicada no site: www.acidadevotuporanga.com.br
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