Faltando 19 dias para as eleições, partidos políticos agraciaram dois dos quatro postulantes ao comando da Prefeitura
Dalbert Mega e Jorge Seba receberam, ao todo, R$ 500 mil do “Fundão Eleitoral” para financiarem suas campanhas (Foto: A Cidade)
Da redação
Alvo de diversas críticas e polêmica em todas as eleições, o FEFC (Fundo Especial de Financiamento de Campanha), conhecido popularmente como “Fundão Eleitoral”, abasteceu as contas de dois dos quatro candidatos a prefeito de Votuporanga. Faltando 19 dias para o pleito, R$ 500 mil foram enviados por dois partidos políticos para financiar a busca por votos.
Os dois agraciados foram: Jorge Seba (PSD), que recebeu de seu partido uma transferência da ordem de R$ 300 mil; e Dalbert Mega (PRD), abastecido com R$ 200 mil do “Fundão”. Bruno Arena (PT) e Dr. Hery (Avante) não receberam, ainda, nenhum recurso de seus partidos políticos.
Os dados fazem parte de um levantamento feito pelo A Cidade junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), após o fim do prazo, na última sexta-feira (13) para apresentação da prestação parcial das contas de campanha. A prestação de contas final deve ser entregue por todos candidatos, candidatas e partidos até o dia 5 de novembro.
O ‘Fundão’
Desde que o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu, em 2015, vedar as doações eleitorais por empresas, o financiamento de campanha no Brasil passou a ser feito preponderantemente com recursos públicos, por meio do Fundo Eleitoral que, este ano, foi “abastecido” pelo Congresso Nacional com R$ 4,9 bilhões, o que, como de costume, gerou muita polêmica.
O valor foi estabelecido pelo Legislativo para gastos com a corrida eleitoral no final de 2023. Representa um aumento de 150% ante os R$ 2 bilhões (cerca de R$ 2,5 bilhões corrigidos pela inflação) separados para as candidaturas municipais no último ano de disputa, em 2020.
Para as eleições municipais de 2024, nenhum partido renunciou ao Fundo Especial de Financiamento de Campanha. No pleito geral de 2022, apenas o partido Novo havia recusado o recebimento da sua parte do Fundo Eleitoral, que voltou ao Tesouro. Neste ano, porém, a agremiação decidiu receber os recursos normalmente.