Ricardo Neves, a esposa Walquiria e a filha Ana Laura, embarcaram apreensivos para a Flórida e acompanharam toda movimentação do furacão via aplicativos
Ricardo Neves, a esposa Walquiria e a filha Ana Laura, embarcaram apreensivos para a Flórida e acompanharam toda movimentação do furacão via aplicativos (Foto: Arquivo pessoal)
Da redação
Uma família de Votuporanga vivia a expectativa de uma viagem de férias aos Estados Unidos quando se deparou com a ameaça do furacão Milton. O empresário Ricardo Neves, sua esposa, a médica Walquiria Jorge Moreira, e a filha Ana Laura, de 6 anos, chegaram à Flórida, em Kissimmee, próximo a Orlando, em 7 de outubro, apenas dias antes da tempestade.
“Em algumas regiões próximas daqui o furacão passou com força maior, mas mesmo assim a força foi menor do que era previsto pelos especialistas. Mas estávamos e ainda estamos apreensivos. Ficamos bem assustados com toda a situação” afirmou Ricardo Neves em contato com nossa reportagem.
Mesmo cientes da possibilidade do furacão, eles não conseguiram remarcar a viagem e decidiram ir para ver como a situação se desenrolaria. Os familiares de Votuporanga ficaram apreensivos acompanhando tudo de longe.
Antes da chegada do furacão, a família se preparou, pensando em alternativas caso a situação piorasse. “Se tivesse muito ruim, íamos alugar um carro e subir para o norte”, disse Ricardo. Na cidade de Kissimmee, onde estão hospedados, não houve alerta de evacuação, mas um toque de recolher foi estabelecido. O comunicado oficial recomendava que as pessoas ficassem em casa entre 20h de quarta-feira, 9 de outubro, e 10h da manhã de ontem, dia 10 de outubro.
Durante a passagem do furacão, a região enfrentou a falta de internet e energia elétrica durante toda a noite e parte da manhã. “A energia voltou nesta quinta-feira, mas a noite foi tensa. Às vezes eu espiava pela janela, já que não era seguro ficar próximo, e via que as árvores quase encostavam no chão. E muitas também caíram. O barulho era muito forte”, contou Ricardo Neves.
De acordo com o empresário votuporanguense, os preparativos locais para a passagem do furacão incluíram estocagem de alimentos, e muitas prateleiras de mercados ficaram vazias, com moradores em busca de suprimentos. A preocupação com a segurança levou a família a cancelar algumas visitas a parques de diversões e passeios previamente agendados.
Com a passagem do furacão, o tempo em Kissimmee ontem, de acordo com Ricardo, estava tranquilo, embora nublado. “Agora é um alívio, conseguimos relaxar um pouco. A experiência foi intensa, mas seguimos em frente”, conclui Ricardo, almejando retomar a programação das ferias e as visitas aos parques.
A viagem, marcada por um episódio inesperado, certamente será uma história para contar nos próximos encontros em Votuporanga.