Assim que o árbitro apitou o fim de CAV e Lusa, um tumulto tomou conta do gramado da Arena Plínio Marin
Ademilson Silva, o popular DJ Adê, e o zagueiro Maurício, da Portuguesa (Foto: Reprodução Votunews/Divulgação Portuguesa)
Daniel Marques
daniel@acidadevotuporanga.com.br
Uma confusão tomou conta do gramado da Arena Plínio Marin, em Votuporanga, na noite do último sábado após o apito final do jogo entre Votuporanguense e Portuguesa. A partida, válida pela semifinal da Copa Paulista, terminou em 2 a 0 para os donos da casa, que reverteram a vantagem do adversário conquistada na ida, quando a Lusa venceu por 1 a 0, no Canindé, em São Paulo.
Com o resultado, a Alvinegra se classificou para a final e consequentemente garantiu vaga em uma competição nacional em 2025. No entanto, o que se viu após o duelo foi uma confusão.
Assim que o árbitro apitou o fim do jogo, atletas e comissão técnica da Alvinegra entraram no campo para comemorar, e foi o início do tumulto. Os jogadores da Lusa não gostaram nada, inclusive surgiu um caixão com as cores da Portuguesa, vindo da torcida. O objeto foi carregado por um jogador do CAV, e um atleta da Lusa foi tirar satisfação. No fim das contas, o caixão foi recolhido.
O tumulto foi grande, com discussões, empurra-empurra e até agressões. A Polícia Militar tentou conter os ânimos. Quatro jogadores foram expulsos: Maurício e Diogo, dos visitantes, e Gabriel Barbato e Reinaldo Júnior, dos donos da casa.
Em conversa com a reportagem do jornal
A Cidade, Marcello Stringari, membro da direção da Alvinegra, analisa que o tumulto é uma situação de jogo, que pode ocorrer quando os atletas estão de cabeça quente. “Os jogadores do CAV ouviram muito em São Paulo, mas o que aconteceu é uma situação de final de jogo, porém nós não compactuamos com isso”, falou.
Celular quebrado
Em um dos momentos, o aparelho celular de um repórter de campo foi quebrado, e o profissional afirma que o dano foi causado por um jogador da Portuguesa; no caso, o zagueiro Maurício, que foi expulso ao final do confronto.
“O jogador da Portuguesa quebrou meu celular”, afirmou o radialista Ademilson Silva, o popular DJ Adê, repórter de campo da rádio
Cidade FM 94,7, que transmitiu o jogo.
De acordo com o radialista, o atleta correu atrás dele, o celular caiu e Maurício pegou. O aparelho é avaliado em cerca de R$ 3 mil. Na tarde de ontem, Adê registrou um Boletim de Ocorrência sobre o ocorrido. Consta no B.O. que o repórter disse: “Será que a Portuguesa vai ter uma boa viagem?”. Nesse momento, o zagueiro correu atrás do radialista.
Nota oficial da Lusa
A reportagem do jornal
A Cidade conversou com a assessoria de comunicação da Lusa, que enviou uma nota sobre o ocorrido – o clube não comentou sobre um possível ressarcimento ao repórter: “A Associação Portuguesa de Desportos vem público ratificar que repudia veementemente qualquer tipo de violência, seja física, verbal ou psicológica, em qualquer contexto. O clube reitera seu compromisso com os valores do respeito e da integridade, pilares fundamentais do esporte e da convivência em sociedade. Acreditamos em uma imprensa livre e imparcial, que desempenha um papel essencial na cobertura esportiva e no fortalecimento da democracia. Nesse sentido, qualquer comportamento que viole esses princípios será apurado com a seriedade que o caso requer. Sobre o ocorrido na noite do último dia 28, ao final da partida entre Votuporanguense e Portuguesa, a diretoria da Associação Portuguesa de Desportos esclarece que já iniciou uma investigação interna para esclarecer todos os fatos ocorridos e tomar as medidas cabíveis. Reafirmamos nosso compromisso com a transparência e a justiça, e garantimos que todas as ações necessárias serão tomadas para que situações como essa não voltem a acontecer. Contamos com a compreensão e o apoio de todos, e nos mantemos à disposição para mais esclarecimentos”.