A equipe de natação da Secretaria Municipal de Esportes/Avonat/Unifev/Noroaço é exemplo de sucesso no Estado de São Paulo
Josiani Lima Santos e sua filha Emilly Lima Milani, e Dhébora de Oliveira do Amaral Chaves e sua filha Jéssica (Foto: Arquivo Pessoal)
Daniel Marques
daniel@acidadevotuporanga.com.br
Muitas pessoas não fazem ideia da grandeza do trabalho desenvolvido pela equipe de natação da Secretaria Municipal de Esportes/Avonat/Unifev/Noroaço. O time é exemplo no Estado de São Paulo, e a prova disso é que famílias deixam suas cidades e partem para Votuporanga em busca do sonho do sucesso na natação.
É o caso de Dhébora de Oliveira do Amaral Chaves e sua filha Jéssica de Oliveira do Amaral Chaves, de 17 anos. Elas mudaram para Votuporanga em dezembro de 2022 e o motivo foi buscar o crescimento, o aprimoramento e o aprendizado da jovem em busca de novas oportunidades. “Acredito que fizemos a escolha certa. Poderíamos ter ido para uma capital, porém acreditamos que primeiro seria bom ver como ela reagiria saindo da sua zona de conforto, longe do pai, amigos, familiares, para depois darmos um passo maior. Aqui a Jéssica amadureceu muito, cresceu como pessoa e como atleta. Ela e o coach Alan Coutinho tiveram uma ligação de atleta e técnico muito bacana”, revelou a mãe ao jornal
A Cidade.
Tudo pelo sonho
Dhébora e Jéssica moram no Residencial Bortoloti, e a garota estuda na Escola Estadual Professora Enny Tereza Longo Fracaro, onde cursa o 2º ano do Ensino Médio. Pelo sonho da natação, elas partiram para Votuporanga sem o pai da garota. “Meu esposo e eu conversamos e tomamos a decisão de mudarmos para cá. Porém, ele ficou em Presidente Prudente devido seu serviço. Sempre colocamos Deus na frente das nossas decisões e as coisas foram fluindo de uma forma muito abençoada. Não é fácil deixar família, esposo, mas é um propósito em busca de um sonho. Uma coisa posso afirmar com certeza: quando você coloca Deus em primeiro lugar, ele vai suprindo todas as suas necessidades”, destacou.
Com cinco anos de idade, Jéssica começou na escolinha de natação e aos sete já estava na equipe da cidade de Presidente Prudente, quando começou a competir. Hoje, aos 17, tem cerca de 200 medalhas, sendo 120 conquistadas em Votuporanga.
A escolha cerca
Na mesma situação estão Josiani Lima Santos e sua filha Emilly Lima Milani, de 16 anos, que deixaram São José do Rio Preto e chegaram em Votuporanga em fevereiro de 2024 com uma única motivação: a evolução da jovem na natação. “Sem sombra de dúvidas fizemos a escolha certa. Os benefícios são inúmeros para saúde, socialização e para a formação de um adulto de bem, e também pensando na possibilidade de em um futuro próximo, ela ingressar em um curso superior pela Unifev”, contou a mãe, que mora com a filha no Residencial Bortoloti. A jovem estuda na escola Enny, no 1º ano do Ensino Médio.
Emilly ingressou na natação com seis anos de idade. Com sete, iniciou os treinamentos para competições. Ela soma 153 medalhas – 50 delas conquistadas representando a cidade de Votuporanga.
Famílias
Atualmente, cinco famílias deixaram suas cidades de origem e vieram para Votuporanga pelo sonho da natação. Além destas, um jovem, maior de idade, mora sozinho e estuda na Unifev. Os treinadores Alan Coutinho e Evandro Pereira do Nascimento também não são naturais de Votuporanga, e residem na cidade por conta do trabalho na equipe votuporanguense. No total, portanto, são oito núcleos familiares de outras cidades que moram em Votuporanga por conta da natação e consequentemente movimentam a economia local.
O projeto
O Centro de Formação de Natação da Secretaria Municipal de Esportes Lazer/Avonat/Unifev/Noroaço conta com o apoio da Secretaria de Esportes do Estado de São Paulo e hoje tem 400 alunos; destes, 72 já participaram de competições e os demais treinam para se tornarem atletas.
A equipe conta com os treinadores Alan de Souza Coutinho e Evandro Pereira do Nascimento e mais três professores locais. Os treinos ocorrem de segunda a sexta-feira, das 16h às 19h, no Parque Aquático Savério Maranho – nas proximidades da Arena Plínio Marin.
Quais os motivos?
Questionado pelo jornal A Cidade sobre os motivos das famílias deixarem suas cidades e mudarem para Votuporanga, o professor Luiz Augusto Garcia, o popular Xaninho, coordenador do Centro de Formação, explicou que existem duas razões principais: “primeiro que não se paga nada e temos subsídio para tudo, inclusive, quando eles chegam no nível universitário, a Unifev os contempla com bolsas integrais. O segundo atrativo é que nós temos uma equipe técnica do mais alto padrão. O Alan, por exemplo, era treinador do Centro Olímpico, depois foi contratado pelo Pinheiros – um dos clubes mais tradicionais do Brasil – e nós o trouxemos para cá. Esses são dois dos principais motivos que alavancam a natação em Votuporanga”.