Cenário positivo reflete ainda em outros índices, como o aumento na geração de empregos
O faturamento real dos supermercados no interior de São Paulo subiu 6,29% (Foto: Reprodução)
O faturamento real dos supermercados no estado de São Paulo (deflacionado pelo IPS/FIPE) foram bons em todas as regiões avaliadas pela APAS – Associação Paulista de Supermercados, com o interior de São Paulo subindo 6,29% na comparação mensal e saindo de 0,17% no acumulado para 1,13% no semestre.
As regiões de Campinas e Grande São Paulo reduziram suas perdas acumuladas, também crescendo 2,44% e 2,56%, respectivamente, comparando os meses de junho de 2018 com 2019. Os números diminuem a perda acumulada de 3,62% para 2,66% em Campinas e de 2,35% para 1,59% na Grande SP.
No estado, o faturamento real dos supermercados (deflacionado pelo IPS/FIPE), no conceito de mesmas lojas – que considera as unidades em operação no tempo mínimo de 12 meses –, fechou o semestre de 2019 em relação a 2018 em aumento de 0,10%.
Pelo terceiro mês seguido, o número de empregos gerados foi recorde quando comparado com seus respectivos meses de anos anteriores, com destaque para o profissional repositor de mercadorias, que teve 797 contratações em julho.
Outro dado positivo foi o número de unidades de produtos vendidas, que subiu no semestre para 4,40%, enquanto o ticket médio cresceu menos (2,25%). Este aumento de fluxo pode ter estimulado os supermercados a contratarem reforços de profissionais nas lojas, após um 2018 decepcionante em admissões, bem abaixo da projeção da APAS.
Em 2018, a greve dos caminhoneiros que começou no final de maio provocou uma corrida dos consumidores aos supermercados pelo receio de desabastecimento no varejo alimentar. “Este efeito não foi apenas para repor itens faltantes no lar, mas sim gerou um adiantamento intenso das compras de abastecimento, ou seja, as mais volumosas e de maior ticket médio. Dessa forma, a comparação de julho de 2019 com 2018 gerou o efeito observado de um crescimento mais robusto, mas que não pode ser ainda considerado como uma melhoria geral do setor”, pondera Thiago Berka, economista da APAS.