Abraham Weintraub, garantiu que vai ter Enem e que o governo irá recorrer da decisão da Justiça Federal de São Paulo
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O ministro da Educação, Abraham Weintraub, garantiu, neste sábado, 18, que vai ter Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e que o governo irá recorrer da decisão da Justiça Federal de São Paulo, que determinou que o Ministério da Educação (MEC) mude o calendário do exame em razão das restrições impostas pela pandemia da Covid-19.
"O Brasil não pode parar! Mais de 3.200.000 de brasileiros solicitaram isenção na taxa do Enem 2020 (para não pagar para fazer o exame). 70% fez o pedido pelo celular (smartphone). Mais de 2.100.000 dos pedidos já foram analisados e concedidos! VAI TER ENEM!", escreveu o ministro no seu Twitter.
Em resposta aos questionamentos feitos pelos seus seguidores, o ministro disse que estão tentando, como o ano passado, impedir judicialmente o Enem, mas que o governo irá recorrer. "Tentarão impedir judicialmente, igual ao ano passado", escreveu Weintraub.
A autora da decisão de sexta-feira, 17, em São Paulo, a juíza Marisa Claudia Gonçalves Cucio, atendeu a um pedido formulado em ação civil pública pela Defensoria Pública da União, que sustentou que o grave problema de saúde pública levou ao fechamento de escolas e à suspensão das aulas presenciais, com maior prejuízo para alunos de rede pública. Na decisão, a juíza pede uma adequação do novo cronograma à "realidade do ano letivo".
A aplicação das provas impressas está marcada para ocorrer nos dias 1º e 8 de novembro. Ontem, o MEC anunciou a mudança da data de provas digitais - que vai ser feita pela primeira vez este ano, por cem mil candidatos.
O MEC informou na noite desta sexta, 17, ter atendido a pedidos feitos pelos estudantes ao alterar a data da aplicação da primeira versão digital do Enem. A previsão inicial de 11 e 18 de outubro foi alterada para 22 e 29 de novembro. "É um ano de desafio, em razão da pandemia de coronavírus. No entanto, não é isso que vai fazer que percamos o ano.
Não podemos deixar para depois uma geração inteira de médicos, enfermeiros, engenheiros e professores. Não faz sentido", afirmou na nota de ontem o ministro Weintraub.
Muitos seguidores questionaram também o ministro no Twitter sobre a volta às aulas nas escolas em todo o País e alguns reclamaram que a situação é dramática e muitos pais não têm com quem deixar os filhos. "Concordo. A situação é dramática. Tenho pedido isso aos secretários estaduais. A palavra final é do governador...", respondeu o ministro.
*Diário da Região