Processo foi arquivado após a investigação por falta de provas e nenhuma pessoa foi responsabilizada pelo ato
Depois da mordida, a criança também quebrou o braço
Isabela Jardinetti
isabela@acidadevotuporanga.com.br
A Prefeitura de Votuporanga, por meio da Secretaria deEducação, finalizou a sindicância que investigada a mordida em uma criança no Cemei Maria Lygia Bertoncini Leite, no bairro CDHU. A Administração Municipal informou que o processo foi arquivado por falta de provas, já que as imagens das câmeras de segurança não mostraram ninguém mordendo a criança e todas as testemunhas foram unânimes em afirmar que não viram ninguém que pudesse ter praticado o ato. “Não foi possível responsabilizar nenhuma pessoa, pois as imagens não mostram ninguém praticando o ato e os depoimentos das testemunhas também não”, disse a Prefeitura. A Assessoria Jurídica da Administração Municipal afirmou que já está oficializando a mãe do garoto sobre o desfecho do processo. A Secretaria da Educação ressaltou ainda que os educadores infantis e técnicos em educação são capacitados constantemente e que o município instalou as câmeras de monitoramento em todos os ambientes das escolas para dar maior tranquilidade aos pais e transparência no trabalho desenvolvido no cotidiano das unidades.
O caso
No dia 31 de outubro do ano passado, Juliana Rodrigues de Souza, de 33 anos, foi buscar seu filho, na época com um ano e meio, da creche e constatou que o mesmo tinha uma mordida em seu braço esquerdo. Na outra semana, a mulher registrou um Boletim de Ocorrência e pediu para a Secretaria da Educação as imagens das câmeras de segurança da escola. A Secretaria informou que a Comissão nomeada para a Sindicância Investigatória decidiu por arquivar o processo por falta de provas, já que as imagens das câmeras de segurança não mostraram ninguém mordendo a criança e todas as testemunhas foram unânimes em afirmar que não viram ninguém que pudesse ter praticado o ato.
“Embora a mãe alegue que a mordida tenha sido causada por um adulto, não há laudo pericial que comprove o fato. Durante os depoimentos, as testemunhas ouvidas informaram que acreditam que a mordida foi provocada pelo próprio garoto já que, ao ser notada, o braço dele ainda estava com bastante saliva. A Comissão concluiu que o processo poderá ser reaberto caso surjam novas provas como, por exemplo, o laudo pericial do IML (Instituto Médico Legal)”.