Presidente do Sincomerciários de Votuporanga acredita ser um retrocesso a proposta que tramita na Câmara dos Deputados
Lia, presidente do Sincomerciários, pede pelo fim do projeto de terceirização
Isabela Jardinetti
isabela@acidadevotuporanga.com.br
O número de trabalhadores terceirizados deve aumentar caso o Congresso aprove o Projeto de Lei 4.330. A nova lei abre as portas para que as empresas possam subcontratar todos os seus serviços. Hoje, somente atividades secundárias podem ser delegadas a outras empresas, como, por exemplo, a limpeza e manutenção de máquinas.
Para a presidente do Sincomerciários de Votuporanga, Maria Augusta Caetano, a proposta é um retrocesso para a classe trabalhista. “Nós sindicalistas somos totalmente contra este projeto, estive em São Paulo em uma reunião na Fecomerciários para definirmos ações contrárias a este projeto”, contou.
Lia também disse que deve organizar alguma ação em Votuporanga contra a proposta. “Nós não podemos aceitar que os trabalhadores percam seus direitos, precisamos nos unir para que o Senado não aprove e que a presidente Dilma vete esta proposta”, disse.
O projeto
Criticada pelo PT e por parte das centrais sindicais, mas defendida por empresários e outros sindicatos, a proposta que regulamenta a terceirização permite que empresas contratem trabalhadores terceirizados para exercer qualquer função.
Atualmente, esse tipo de contratação é permitido somente para as chamadas atividades-meio – como, por exemplo, equipes de segurança e limpeza – e não para as atividade-fim da empresa.
O texto sob análise da Câmara põe fim a essa limitação, permitindo que qualquer funcionário seja terceirizado, mesmo os que exercem funções relacionadas à atividade principal da empresa.
O texto-base do projeto que altera as regras para a terceirização foi aprovado na quarta-feira passada, mas a análise das propostas de alteração do projeto ficou para esta semana.