Segundo a coordenadora de Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos, apesar da queda do ritmo da inflação, os preços continuam altos
As quedas de preços das passagens aéreas, da batata-inglesa e do tomate foram as principais responsáveis pelo recuo da inflação. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), caiu de 0,62% em julho para 0,22% em agosto.
As passagens aéreas foram responsável pela principal queda de preços em agosto (-24,9%), seguidas da batata-inglesa (-14,75%) e do tomate (-12,88%). Outros produtos com quedas importantes de preço no mês foram a cebola (-8,28%) e a energia elétrica (-0,42%).
Segundo a coordenadora de Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos, apesar da queda do ritmo da inflação, os preços continuam altos. “Apesar da redução da taxa [de 0,62% para 0,22%], os preços continuaram aumentando. O nível dos preços continua elevado. Os custos com alimentos, por exemplo, subiram 10,65% em 12 meses e com a habitação, 17,55%. A inflação em 12 meses ficou em 9,53%, mostrando que o custo de vida ainda está elevado.”
Entre os itens que estão pesando mais no bolso do consumidor brasileiro do que um ano atrás estão a energia elétrica, com inflação acumulada em 12 meses de 54,45%, e carnes, com alta de preços acumulada em um ano de 19,85%.
Entre as 13 regiões metropolitanas e capitais pesquisadas pelo IBGE, quatro estão com IPCA acumulado em mais de 10% no período de 12 meses: Curitiba (11,06%), Porto Alegre (10,34%), Goiânia (10,18%) e Campo Grande (10,17%). Vitória tem a menor inflação: 7,91%.