Entretanto, o vereador disse não ter provas, até o momento, sobre as acusações e pediu a denúncia por parte dos eleitores
Jociano Garofolo
As denúncias de indícios de fraudes e irregularidades nas eleições do conselho foram levantadas primeiramente pelo vereador Eliezer Casali. O legislador disse que esteve no câmpus Centro da Unifev no domingo e foi informado de várias situações ilegais. “Ouvi muitos comentários de que os candidatos estavam comprando votos, transportando eleitores, oferecendo dinheiro, e até frango assado em troco de votos, fora aliciamento nas ruas”, disse.
Entretanto, o vereador disse não ter provas, até o momento, sobre as acusações e pediu a denúncia por parte dos eleitores. “Eu não sei se quem tem prova terá coragem de apresentar, mas aquilo que ouvi me deixou muito triste”, afirmou Eliezer.
A fala do colega foi parabenizada pelo vereador Jurandir Benedito da Silva, o Jura, que disse se tratar de uma denúncia muito séria. “Havendo princípios, temos que pedir as devidas providências. O candidato envolvido pode ter sua posse cancelada”.
Eliezer Casali disse também que o próprio modo de realização do pleito não é a melhor opção. “Ao meu ver a eleição não deveria ser dessa forma, mas com critério mais técnico, com pessoas da área social ou de pedagogia. Precisa de um processo seletivo”.
Por sua vez, Douglas Lisboa, que prestou serviço de assessor jurídico no interior da eleição, revelou detalhes curiosos, que também levantaram as suspeitas de fraude. “O que me espanta é que na apuração vimos cédulas em branco e votos nulos. Pessoas disseram que foram até o local após receberem a informação de que haveria um cadastramento de sem-terra. Nem sabiam que se tratava de uma eleição”.
Ainda sobre a questão dos votos nulos, o vereador emendou. “Não tem lógica uma eleição que não é obrigatória o pessoal votar nulo ou em branco. São indícios que a gente constata e mostra um país não desenvolvido democraticamente”.