Aline Ruiz
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Com o ano de 2015 chegando ao fim, o que sobra são as preocupações com dívidas antigas e até mesmo as futuras. Mas como começar o novo ano de uma maneira mais leve e sem atropelos? Em entrevista para o jornal A Cidade, o economista Juny Figueiredo, diz que o segredo é sempre uma boa administração e ainda explicou como se deu essa crise que os brasileiros têm comentado tanto.
A melhor maneira de começar um ano sem as já famosas dívidas é planejar. “Fazer uma planilha de controle é a solução, com suas receitas e despesas, para que você possa planejar seus gastos com exatidão. Este é um excelente hábito que lhe possibilita planejar com detalhes sua vida financeira e possibilita que você possa começar a investir mensalmente, o que irá a curto e médio prazo permitir que você tenha uma melhor qualidade de vida e alcance seus objetivos matérias em menor período de tempo”, contou o economista.
Mas, e a crise, ela realmente existe? De acordo com Juny, sim, ela é real. “O mundo, nos últimos dois anos, tem crescido em média 4%, enquanto já vivemos dois anos de recessão, com queda de 3% do PIB, e estamos caminhando para mais um ano de recessão. Há vários motivos para termos essa crise atual, mais destaco algumas escolhas feitas pelo governo nos últimos anos, responsáveis diretas por fazer do Brasil um dos países mais caros de se viver atualmente”, revelou.
O que as pessoas querem mais saber é se essa crise continua ou acaba, Juny é bem claro e conta que todos os indicadores, inclusive os oficiais, mostram que em 2016 a economia continuará em recessão. “Mesmo com desemprego em alta e salários em queda (fatores que poderiam segurar a inflação), há sinais de que a inflação permanecerá elevada, assim como a taxa de desemprego”, contou.
Para Juny, toda essa somatória de fatores é particularmente prejudicial aos mais pobres. “Acredito que se o problema fiscal (gastar mais do que arrecada) do governo brasileiro não for resolvido, corremos o risco de uma inflação permanentemente mais elevada, penalizando ainda mais os pobres, o que dificultará muito a vida dos brasileiros”, finalizou.