Leidiane Sabino
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Em um balanço do ano ao jornal A Cidade, a secretária de Saúde de Votuporanga, Fabiana Parma, falou como foi o ano de 2015, destacando o mosquito Aedes aegypti como um dos vilões da saúde pública na atualidade. Fabiana disse que Votuporanga está em uma situação melhor em relação a anos anteriores, mas, possivelmente, decretará nova epidemia de dengue em 2016. A cidade tem em média três casos positivos por semana, já são mais de 1.300 pessoas que tiveram a doença.
Além de enfrentar a dengue, os municípios têm uma nova guerra para enfrentar, Chikungunya e Zika. Neste ano, apenas dois exames destas doenças foram realizados na cidade, perto do Natal, mas o resultado foi negativo. Pai e filho tinham vindo de Pernambuco.
A secretária de Saúde explicou quais são os cuidados quando há suspeita de dengue na cidade. “Quando há a notificação de uma suspeita, os agentes iniciam um bloqueio (limpeza de nove quarteirões ao redor da residência do possível infectado), no sexto dia de febre é feito o exame para confirmar a doença, se der positivo, realizamos a pulverização nas proximidades do doente”, disse.
Todos os médicos de Votuporanga foram orientados a notificar obrigatoriamente as suspeitas da doença. Se a pessoa está com sintomas de dengue, mas o resultado do exame é negativo, a Saúde faz exames para Chikungunya e Zika.
Para dengue, o município oferece também o teste rápido, que pode ser realizado na hora em casos de pacientes graves. O teste para Zika, sempre é pedido quando a pessoa vem de uma cidade que já a confirmação da doença.
“O foco do nosso trabalho tem que ser na eliminação do vetor, que é o mosquito Aedes aegypti. Votuporanga ainda não conseguiu acabar com ele por dois motivos, pela questão climática, já que nossa região favorece o desenvolvimento do transmissor da doença, e também por uma questão cultural, a população precisa mudar a postura com relação a eliminação dos criadouros”, explicou a secretária de Saúde.
Com relação à vacina contra a dengue, Fabiana disse que os municípios ainda não receberam a informação de que ela será pública ou particular.
Mesmo com o foco voltado para a dengue, Fabiana destaca que o combate à Leishmaniose continua na cidade. “São trabalhos paralelos da vigilância que devem acontecer. Reduzimos os casos em humanos e animais e não tivemos mais mortes de moradores. Oferecemos a coleira para os cães e agora vamos avaliar como fica o município sem a distribuição da coleira que foi distribuída pelo Ministério da Saúde”.
Para Fabiana Parma, a dengue é sempre um grande desafio e, com o aparecimento das novas doenças, aumentaram as capacitações e estudos.