As micro e pequenas empresas (MPEs) do Estado de São Paulo registraram queda de 20,9% no faturamento real (já descontada a inflação) em outubro na comparação com o mesmo mês de 2014, de acordo com a pesquisa Indicadores Sebrae-SP. Os resultados refletem o desempenho ruim da economia brasileira a partir da piora no mercado de trabalho, o aumento do desemprego e a queda real da renda, além da diminuição da confiança das famílias e dos empresários. Por setores, os resultados do período também foram negativos: indústria (-11,1%), comércio (-24,1%) e serviços (-20,7%).
A receita total das MPEs em outubro deste ano alcançou 49 R$ bilhões, o que representa 13 R$ bilhões a menos em relação ao mesmo mês de 2014. No acumulado de janeiro a outubro, as MPEs tiveram queda de 13,1% na receita real na comparação sobre o mesmo período de 2014.
“O resultado reflete a queda no consumo e no investimento. E, infelizmente, as perspectivas de recuperação da economia em 2016 não são otimistas. Será mais um ano em que as micro e pequenas empresas deverão trabalhar muito, apenas para contornar a crise”, afirma o diretor-superintendente do Sebrae-SP, Bruno Caetano. Por setores, de janeiro a outubro, a retração no faturamento foi de 9,2% na indústria, 12,6% no comércio e 15,2% nos serviços.
No acumulado do ano (de janeiro a outubro), as MPEs paulistas apresentaram aumento de 1,6% no total de pessoal ocupado em relação ao mesmo período de 2014. Ainda neste mesmo período, a folha de salários paga pelas MPEs teve queda real de 1,9%. O rendimento real dos empregados teve redução de 2,4%.