O prefeito Junior Marão afirma que o ano de 2015 foi o mais difícil desde que ele assumiu a administração do Poder Executivo votuporanguense, em 2009.
Leidiane Sabino
O prefeito Junior Marão afirma que o ano de 2015 foi o mais difícil desde que ele assumiu a administração do Poder Executivo votuporanguense, em 2009.
“Foi um ano difícil, analisando principalmente o cenário nacional. Essa instabilidade que estamos vivendo dentro da política, isso reflete diretamente na economia, nas finanças dos governos federal, estadual e dos municípios. Para nós, 2015 foi bastante apertado nas receitas, já que o incremento que nós tivemos foi muito abaixo da inflação”.
Quando Marão entrou na Prefeitura, o orçamento de Votuporanga ficava em torno de R$95 milhões. “Até o ano de 2013 nós vínhamos em um crescimento em média de 20% por ano, pelo desenvolvimento da cidade, economia, expansão, aumento do ICMS, o próprio FPM (Fundo de Participação dos Municípios), passamos para uma nova faixa da população quando foi feito o Censo em 2010. Porém, de 2014 para 2015 o aumento já foi bem menor desse orçamento e para o próximo ano está previsto aumento menor ainda, ficando praticamente no mesmo valor”.
O prefeito frisou ainda que ao mesmo tempo em que não há o incremento na receita, aumentou as despesas da cidade. “Neste ano, o gasto de energia elétrica foi de quase 70% a mais em que em 2014, o que se deve pelos reajustes que foram aplicados em todo mundo, afetando a Prefeitura também. Combustível teve quase 30% de aumento, a folha de pagamento, entre o dissídio, aumento no cartão alimentação e a evolução natural dos servidores públicos, chega a quase 10%”.
Marão reclama ainda que há o aumento de despesas, algumas controladas pelo Governo Federal, como é o caso da energia e do combustível e, ao mesmo tempo, a receita não teve esse incremento, pelo contrário, às vezes, muitas delas, diminuíram em relação ao ano anterior.
“Por tudo isso, tivemos que fazer ajustes importantes para diminuir gastos nossos, conseguimos fazer muitas coisas, tanto é que a gente vai fechar esse ano com um déficit menor que o do ano passado, então isso sinaliza diretamente que em 2016 conseguiremos fechar sem déficit algum até por causa da lei de responsabilidade fiscal. Foi um ano bastante difícil, mas, apesar de todas essas dificuldades, conseguimos avançar muito”.
Mesmo com recursos apertados, o prefeito afirma que conseguiu fazer investimentos em áreas estratégicas e fundamentais, como saúde, educação e social. “Não fizemos nenhum tipo de corte nestes setores, pelo contrário, conseguimos avançar. Quase todas as escolas municipais têm ar-condicionado nas salas de aula, faltando apenas algumas unidades por causa de problemas com relação a transformadores que iremos acertar no início do próximo ano, também adquirimos material didático, contratamos professores e construímos escolas, tudo aquilo que tínhamos previsto para ter uma educação de qualidade”, conta.
Na saúde, Marão destaca o investimento na aquisição de medicamentos, em 2009, o valor gasto com remédios era de R$500 mil por ano. “Esse ano vamos passar de R$3 milhões, é um valor bastante expressivo, seis vezes mais do gastávamos. Além de todos os investimentos nas unidades de saúde, tínhamos seis equipes de saúde da família, hoje temos 18; tínhamos de 45 a 50 agentes comunitários, hoje são 160 mais todos os agentes de endemias para conter os casos de dengue”.
Na área social, o prefeito garante que fez investimentos para atender a todas as famílias que estão em estado de vulnerabilidade, principalmente em momento como esse, por causa da crise.
Obras
Marão fala que conseguiu manter as obras em andamento graça a venda de alguns terrenos por meio de licitação. “Os recursos foram diretamente para os investimentos como a arena Plínio Marin, o Centro de Lazer do Trabalhador, avenidas Mário Pozzobon e Horácio dos Santos. Todo recapeamento que fizemos na cidade, mais de R$8 milhões esse ano e tem mais uma etapa que começa no ano que vem. Houve ainda investimentos nas áreas de lazer, nas escolas e unidades de saúde”.
O prefeito lamenta que haja em algumas cidades cemitérios de obras inacabadas. “Há uma quantidade de recursos públicos sendo jogada fora, muitas vezes não é pela vontade do prefeito, nem pelo responsável pela obra, mas pela situação financeira que o país está vivendo. Mas, graças a Deus, aqui, no decorrer dos anos, tivemos a vantagem de ter estes imóveis que não tinham destinação e consegui vendê-los em um momento difícil, que bom que conseguimos compradores, para que pudéssemos investir nas obras”, diz.
Novo Paço
Ainda no programa de rádio, o prefeito aproveita para falar do novo Centro Administrativo. “Este paço não vai consumir recurso público, faremos uma permuta. Na semana passada, com a aprovação da Câmara, soltamos o edital de licitação para quem tiver interesse de construir o prédio em troca de terrenos e de acordo com o projeto já estabelecido”.