O vereador Edilson do Santa Cruz esteve ontem no programa Jornal da Cidade, da Rádio Cidade
Leidiane Sabino
leidiane@acidadevotuporanga.com.br
Munido de uma imensa pasta com documentos, o vereador Edilson do Santa Cruz esteve ontem no programa Jornal da Cidade, da Rádio Cidade, para explicar o seu gasto de mais de R$10 mil em viagens realizadas no ano passado com verbas da Câmara Municipal de Votuporanga, sendo o legislador que mais utilizou este recurso em 2015.
Todas as informações que Edilson apresentou na rádio estão disponíveis no site da Câmara Municipal (www.camaravo tuporanga.sp.gov.br), no link diária e transparência em viagem.
Edilson disse que para Brasília foi duas vezes e a São Paulo, cerca de oito vezes, no ano passado, todas com carro oficial da Câmara. “Para uma cidade como Votuporanga, com 95 mil habitantes, onde a Câmara Municipal poderia usar 6% de todo o orçamento do município, nós usamos apenas 2,8%, o valor gasto com viagens não é exagerado. Temos uma Câmara muito enxuta e eu quero deixar bem claro para toda a população que o valor de R$10.600, em relação a todos os benefícios que foram trazidos por mim e pelos demais vereadores que também viajaram para buscar recursos, é irrisório”.
O vereador explicou que em três anos de mandato fez apenas uma viagem de avião a Brasília, porque precisava chegar com rapidez. “Temos apenas um motorista em Votuporanga, quando ele está ocupado procuramos viajar com outro vereador, mas no carro oficial”.
Edilson apontou alguns benefícios que conseguiu para Votuporanga com as suas viagens:
“Uma situação muito comentada e que tive que ir a São Paulo para tomar conhecimento foi a reorganização das escolas da rede estadual. Estive em São Paulo, conversei com o secretário estadual de Educação e todos os que estiveram lá saíram convictos que a proposta do estado era o melhor para todos os nossos alunos, com benefícios para toda a população. Infelizmente, não aconteceu a reorganização e o secretário pediu demissão. Creio que o governador Geraldo Alckmin vai colocar novamente em discussão o assunto”, apontou.
“Estivemos com o coronel Telhada, que é deputado estadual e autoridade no quesito segurança no estado. Fomos pedir apoio a alguns projetos que ele implantou em São Paulo quando vereador. Em uma dessas viagens a São Paulo, conseguimos convencer o deputado a vir a Votuporanga. Estivemos com ele na Terceira Companhia de Polícia Militar, conversamos com o comandante Edson Fávero. O coronel elogiou o trabalho do capitão e do policiamento de Votuporanga. Levamos ele até o prefeito Junior Marão e endossamos um pedido de transformar a nossa companhia em Batalhão de Polícia Militar. Ele se comprometeu em fazer um trabalho criterioso para fazer essa mudança”, disse.
“Todas as vezes que vamos a São Paulo, também visitamos o gabinete do deputado Carlão Pignatari e deixamos alguns pedidos com ele. Não podemos nos esquecer que ele é deputado do estado de São Paulo e fica a maior parte do tempo na capital. Quando o assunto é de urgência, temos que ir até lá, não para esperar ele vir para Votuporanga”, explicou.
“A situação da Câmara hiperbárica, que é um grande benefício no tratamento a feridas. O Carlão nos levou até a Casa Civil para conversar com um médico para a implantação desta melhoria na Santa Casa de Votuporanga. Também estivemos em São Paulo para falar sobre a situação dos funcionários da Sucen que foram dispensados. Conversei ainda com o Campos Machado, deputado estadual, que tem bom relacionamento no meio da Justiça e pedimos a implantação da 2ª Vara do Trabalho na cidade para acelerar os processos e beneficiar a todos os trabalhadores de Votuporanga”.
Edilson disse que em nem todas as situações os resultados das viagens são vistos imediatamente. Para 2016, o vereador disse que se for para conseguir melhorias para a cidade, viaja novamente. “Este ano é eleitoral, chega um momento que ficamos impossibilitados de fazer viagens” explicou.
O vereador resumiu ainda o ano de 2015 como de amadurecimento político. “Temos grandes parceiros na Câmara. O único que tenho desafeto, e é claro isso, é o Meidão, que começou a fazer uma perseguição a mim ao ver o meu trabalho. Respondi a um processo amplamente avaliado pela comissão da Câmara, que decidiu pelo arquivamento. Teve também o julgamento que confirmou a nossa total transparência de interesse público naquela viagem a Praia Grande. O Ministério Público também arquivou o inquérito que tratava desta denúncia”, finalizou.