O jornal A Cidade conversou com a delegada responsável, Edna Rita de Oliveira Freitas, para saber quais serão os próximos passos
O corpo de Claudenice Muniz foi sepultado nesta segunda-feira, às 16h, no Cemitério Municipal de Votuporanga (Foto: Reprodução)
Érika Chausson
erika@acidadevotuporanga.com.br
O assassinato de Claudenice Ferreira Muniz, de 43 anos, que foi morta a facadas pelo companheiro, Richar Bruno, na madrugada deste domingo, na avenida Deputado Aureo Ferreira, em Votuporanga, segue em investigação. Por se tratar de feminicídio, o caso foi encaminhado para a Delegacia de Defesa da Mulher de Votuporanga para dar andamento a investigação e conclusão. O jornal A Cidade conversou com a delegada responsável, Edna Rita de Oliveira Freitas, para saber quais serão os próximos passos.
Ao receber o flagrante na manhã desta segunda-feira, a delegada solicitou para que fossem localizados os familiares da vítima para prestarem depoimento na delegacia e tentar identificar o motivo do crime. Ela ainda afirmou que parentes do suspeito disseram, segundo informações dele, que ele estava tentando romper o relacionamento e que Claudenice não aceitava.
“Eu verifiquei também no sistema que a Claudenice já tinha alguns boletins de ocorrências de violência doméstica, mas não com este atual convivente, com quem já estava há seis meses. Então, vamos tentar identificar o motivo do homicídio”, explicou. A delegada ainda informou que durante este período não houve nenhum registro sobre violência entre o casal.
Após inquirir pelo menos mais três testemunhas durante a semana, Edna deve relatar o inquérito e remeter para o Fórum protestando a remessa dos laudos. “Foram requisitados laudos de levantamento do local, o exame necroscópico da vítima, da arma, então, esses laudos demoram em torno de 15 a 20 dias. O próximo passo é relatar este inquérito, porque ele tem prazo de dez dias”, finalizou.
Familiares
A reportagem do A Cidade também entrou em contato com familiares da vítima e conversou com a sobrinha da Claudenice, Adriele de Sena Costa, que informou que viu pela internet e reconheceu a residência da tia e foi a primeira a chegar no local do crime. “Fui até lá com meu marido e lá constatei que era ela, então avisei os filhos dela”.
De acordo com Adriele, a relação entre eles era normal. “Ele tratava ela super bem e ela também, mas ele tinha muito ciúmes dela. A gente acha que ela já não queria ficar mais com ele e deve ter mandado ele embora, por isso eles brigaram e aconteceu tudo isso”, relatou.
A sobrinha de Claudenice ainda disse que toda a família está inconformada e incrédula com a situação, já que o suspeito teria sido muito bruto, sem pena e machucado muito a vítima. “A gente só espera que ele tenha a pena que merece pela brutalidade que ele fez com minha tia”, declarou.
Claudenice Ferreira Muniz deixa três filhos (Débora, Valter e Rodolfo), além dos familiares. O corpo foi velado no Velório Municipal e sepultado nesta segunda-feira, às 16h, no Cemitério Municipal de Votuporanga.