Pedro Spadoni
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O governador João Doria anunciou ontem o adiamento do retorno obrigatório às aulas presenciais na rede estadual de ensino para 8 de fevereiro. A volta estava programada para uma semana antes, no dia 1º de fevereiro.

O anúncio foi realizado durante a coletiva de imprensa, no Palácio dos Bandeirantes, para falar sobre a reclassificação do Plano São Paulo, que rege as regras da quarentena no estado.

"O governo do Estado de São Paulo tomou a decisão de adiar o início das aulas e suspender a obrigatoriedade presencial dos alunos na rede pública de ensino", comunicou o governador.

Obrigatoriedade da presença

Segundo Doria, o adiamento é devido ao aumento do número de casos de coronavírus no estado. Com isso, os alunos não serão mais obrigados a retornarem presencialmente para as escolas quando a retomada ocorrer.

"Devido exatamente ao crescimento da pandemia, a Secretaria Estadual de Educação está suspendendo a obrigatoriedade da presença física dos alunos, conforme estava planejado anteriormente, em sala de aula nas fases laranja e vermelha do Plano São Paulo", explicou durante a coletiva.

Antes do anúncio do governo, pelo menos um terço da carga horária deveria ser cumprido de forma presencial pelos alunos nas fases laranja e vermelha, que são as duas mais restritivas do Plano SP.

"Se a família não quiser mandar presencial na fase vermelha ou laranja, ela estará autorizada a permanecer no online. Mas a escola pode e deve abrir para receber alunos que desejam [voltar ao ensino presencial]", disse Rossieli Soares, secretário estadual da Educação.

Apesar desse adiamento, o governo de São Paulo informou que as escolas da rede estadual vão abrir a partir de 1º de fevereiro. A primeira semana do mês vai ser dedicada para reforçar a formação dos professores e a comunicação com as famílias sobre os protocolos de retorno.

O secretário da Educação também afirmou que o ano letivo vai começar de forma híbrida, isto é, de maneira tanto presencial quanto on-line.

Particulares e municipais

Apesar do adiamento na rede estadual, o governador disse que a autorização para que escolas particulares e municipais retornem às aulas no dia 1º de fevereiro foi mantida.