Sem eventos e com a capacidade de atendimento reduzida a 40% das vagas disponíveis, os clientes sumiram dos estabelecimentos
Relatos dos gerentes dos hotéis de Fernandópolis são tão homogêneos quanto a realidade financeira da maioria deles (Foto: Reprodução/Cidadão.net)
O ano de 2020 foi um dos mais difíceis para o setor hoteleiro, dificultado ainda mais, pelo cancelamento de todos os eventos que resultassem em aglomeração de pessoas. Situação que se repete em 2021, agravando ainda mais a crise financeira. A rede hoteleira que comemorava ocupação de 100% das vagas com foliões que vinham para o carnaval Oba em Votuporanga, agora está estão vazia.
Os relatos dos gerentes dos hotéis de Fernandópolis são tão homogêneos quanto a realidade financeira da maioria deles. Sem eventos e com a capacidade de atendimento reduzida a 40% das vagas disponíveis, os clientes sumiram dos estabelecimentos.
“O carnaval era o Natal do setor hoteleiro”, lembra o empresário Sérgio Luiz Rola do Solar Hotel que registrava 100% de ocupação neste período. Sem os foliões, o hotel trabalha com índice de ocupação na faixa de 25% em meio a pandemia. Além disso, Sérgio cita que a cidade também ganhou outros hotéis nos últimos anos e que a oferta de vagas é maior que a demanda o que empurra o preço das diárias para baixo.
Outros estabelecimentos consultados por CIDADÃO confirmaram o quadro de desolação sem o carnaval para atrair os foliões para a região.
No Serata Hotel, o carnaval era tempo de casa cheia. Hoje, com a suspensão do carnaval, as reservas não aconteceram e o hotel trabalha com nível de ocupação no limite de 40% conforme o Plano SP.
O maior fluxo é gerado pelas empresas. No Itália Hotel, a gerência informou que das 70 vagas disponíveis, a taxa de ocupação tem variado entre 25% e 35% da capacidade. No seu segundo ano em atividade, o Ramada Encore é mais um que não terá clientes foliões.
Já no Scala Hotel, a gerência informou que os clientes que ainda procuram o hotel são principalmente funcionários de empresas de outros estados e região que estão em Fernandópolis a trabalho.
Já no Água Viva Resort, que era reservado com exclusividade por uma agência de eventos da capital para o carnaval, também está esvaziado neste feriadão de carnaval cancelado pela pandemia. Além de hospedar foliões, o Água Viva realizava eventos no parque aquático para animar os turistas que vinham para a região nesta época.
A crise no setor hoteleiro a partir da pandemia do coronavírus também refletiu na mão de obra. Para cortar custos, os hotéis foram obrigados a fazer demissões e mantém operação apenas com número de funcionários necessários para o atendimento aos hóspedes. Os empresários vivem a expectativa da vacinação para que o setor hoteleiro possa se recuperar dos prejuízos sem precedentes já acumulados.
*Com informações do Cidadão.net