Dado é atribuído à vacinação e o jornal A Cidade fez um levantamento para medir o avanço da campanha em cada uma dessas cidades
Com o avanço da vacinação, mais da metade da microrregião de Votuporanga fica sem registrar por Covid-19 por, pelo menos, 15 dias (Foto: A Cidade)
Da redação
A vacinação contra a Covid-19 avança na microrregião de Votuporanga e começa a mostrar resultados positivos. Entre as nove cidades, cinco estão sem registrar mortes causadas por Covid-19 há, pelo menos, uma semana e o número de novos casos da doença e internações em razão de complicações por ela causada também despencaram.
Na comarca, em Álvares Florence, por exemplo, o último óbito registrado em razão de complicações causadas pelo coronavírus foi registrado há exatos 30 dias. Depois disso a cidade chegou a registrar mais 31 casos positivos da doença, mas apenas dois precisaram ser internados e já receberam alta médica.
Parisi, por sua vez, não perde moradores para a Covid-19 há quase quatro meses. A última morte no município, foi registrada em 25 de março. Na ocasião a cidade chegou ao total de 16 óbitos em decorrência da doença.
Já Valentim Gentil não registra óbitos desde o último dia 8. A última vítima do coronavírus na cidade foi um idoso, de 67 anos, que tinha comorbidades. Na microrregião, Pontes Gestal não tem mortes por coronavírus desde maio e Riolândia registrou sua última morte por complicações do vírus no dia 2 de julho.
Vacinação
A queda no número de mortes, internações e casos é atribuída ao avanço da vacinação e, com base nesses dados, o jornal
A Cidade fez um levantamento das doses aplicadas das vacinas nessas cidades e cruzou esses números com as estimativas populacionais do ano passado do IBGE, para medir o avanço da campanha de imunização em cada uma.
Em Álvares, 3.610 doses da vacina contra a Covid foram aplicadas. Dessas, 2.476 (quase 68% da população) foram primeiras doses, 1.059 (29%) foram segundas doses e 75 (2%) foram doses únicas, da Janssen. Ou seja, por lá 31% da população está imunizada contra a Covid.
Já em Parisi, que registrou 440 casos de Covid desde o início da pandemia, 2.140 doses foram aplicadas: 1.489 (quase 69%) primeiras doses, 605 (quase 28%) segundas doses e 46 (2%) doses únicas. Somando as segundas doses e doses únicas, 30% da população parisiana está imunizada.
Lá em Pontes Gestal, 2.186 doses dos imunizantes contra a Covid foram aplicadas na população, em que 416 pessoas já tiveram a doença. Foram 1.552 (60%) primeiras doses, 573 (22%) segundas doses e 61 doses únicas (2%). No total, 24% da população está imunizada, até o momento.
Em Riolândia, foram 6.709 doses aplicadas, das quais 4.018 (quase 32%) foram primeiras doses, 1.630 (quase 13%) foram segundas doses e 261 (2%) foram doses únicas. Ou seja, 15% da população de lá está imunizada. Desde o começo da pandemia, a cidade registrou pouco mais de dois mil casos da doença.
Por fim, em Valentim Gentil, onde pouco mais de 2,4 mil pessoas tiveram a doença, 10.059 doses foram aplicadas. Dessas, 7.625 (56%) foram primeiras doses, 2.028 (quase 15%) foram segundas doses e 406 (3%) foram doses únicas.
Apesar da redução da frequência das mortes causadas por Covid, o coronavírus ainda circula por todas as cidades da região e do estado. E quem tem o esquema vacinal completo ainda é minoria em todas as cidades, como mostrou o levantamento da reportagem.
Sendo assim, é importante ressaltar que, apesar do resultado positivo da campanha de imunização, os cuidados contra a Covid (uso de máscaras, higienização das mãos com álcool em gel ou sabão, distanciamento social etc) devem continuar. Isso porque nenhuma cidade atingiu, ainda, o patamar da cobertura vacinal considerado ideal pelos especialistas, que é de 70% a 80% da população totalmente imunizada.
Região de Rio Preto
O levantamento do governo estadual também mostrou que sessenta cidades da região de Rio Preto não registraram mortes por Covid-19 por, pelo menos, uma semana.
Uma dessas cidades é Bálsamo. Lá, 56% da população vacinada com a primeira dose do imunizante contra o coronavírus e o esquema foi concluído em 22% dos moradores, com a segunda dose de CoronaVac ou AstraZeneca.
Outro exemplo é Buritama, onde o último óbito contabilizado é do dia 10 de julho – nas semanas anteriores, houve pelo menos uma morte a cada sete dias. Ainda há, no entanto, quatro pacientes internados e alguns deles em estado grave.
Por outro lado, Rio Preto ficou de fora dessa lista do governo estadual, assim como Votuporanga. Anteontem, o município registrou mais uma morte causada pela doença. O total de óbitos por lá já passa dos 2,6 mil desde o início da pandemia.