De acordo com o Hospital de Base, foi a primeira vez que a equipe responsável pelo procedimento foi formada apenas por mulheres. Foram 17 horas para a realização do procedimento, incluindo o tempo de voo e da cirurgia
Essa foi a primeira vez que a equipe responsável pelo procedimento foi formada apenas por mulheres (Hospital de Base de Rio Preto)
Duas médicas do HB (Hospital de Base) de São José do Rio Preto percorreram mais de dois mil quilômetros no último domingo (05) para captar e transplantar um fígado. Essa foi a primeira vez que a equipe responsável pelo procedimento foi formada apenas por mulheres.
Com a ajuda de um avião da FAB (Força Aérea Brasileira), as médicas e oito tripulantes viajaram de Rio Preto para Ananindeua (PA). Foram 17 horas para a realização do procedimento, incluindo o tempo de voo e da cirurgia.
A oferta foi anunciada pela Central Nacional de Transplantes na madrugada de sábado (04). As médicas Allana Fortunato e Paula Marques captaram o órgão e retornaram para Rio Preto, onde fizeram o transplante.
“Saímos de São José do Rio Preto na manhã de domingo. Foram quatro horas de viagem até Ananindeua, no Pará. Realizamos os procedimentos para captação e preparação do órgão para transporte. Chegamos de volta por volta das 23h50. Ao chegar no HB, foram mais seis horas de procedimento para a realização do transplante”, explicou a Allana.
Até as 16h desta segunda-feira (6), o paciente que recebeu o órgão permanecia internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), segundo informou o Hospital de Base.
Transplante de fígado
Segundo levantamento feito pela OPO (Organização de Procura de Órgãos), o Hospital de Base tinha realizado, até 30 de novembro deste ano, 32 transplantes de fígado.
Inaugurada em 10 dezembro de 2011, a Unidade de Transplantes de Órgãos e Tecidos dispõe de instalações comparáveis às dos principais centros nacionais e internacionais.
Ela ocupa área total de 800 metros quadrados e conta com 14 leitos em funcionamento para pacientes transplantados de rim ou fígado. O Hospital de Base é referência nacional em transplantes de órgãos e tecidos, tendo realizado cerca de 4,5 mil procedimentos desde o início de suas atividades, em 1990.
De acordo com João Fernando Picollo, coordenador da Organização de Procura de Órgãos (OPO) do Hospital de Base, é importante que a pessoa manifeste à família o desejo de ser um doador, pois somente os familiares podem dar essa autorização.
“Muitos pacientes não têm outra opção de vida a não ser através do transplante. É fundamental a conscientização da população para que a gente possa dar vida para as pessoas”, destacou.
*Com informações do g1.