Secretária ficou preocupada pelo episódio ter acontecido na noite em que um adolescente de 13 anos foi assassinado no bairro Santo Antônio
De acordo com o relato dela, todas as vezes que ela indaga algo ao adolescente, ele a ameaça com "olha o tiro" (Foto: Reprodução)
Uma secretária de 39 anos procurou a Polícia Civil na tarde do último sábado (11), para denunciar que o filho de 16 anos efetuou um disparo com arma de fogo na parede do quarto onde moram, na Vila Elmaz, em Rio Preto.
Segundo o boletim de ocorrência, a mulher ficou preocupada após saber do caso do adolescente de 13 anos morto a tiros no bairro Santo Antônio, região Norte da cidade, e por isso entrou em contato com o Conselho Tutelar, que a orientou para registrar o caso para poder então dar entrada na Vara da Infância e Juventude.
De acordo com o registro policial, a secretária relatou que o adolescente já ficou internado duas vezes na Fundação Casa, estando há seis meses em liberdade.
Ela informou à polícia que inclusive, o matriculou na escola. No entanto, o jovem não comparece às aulas. Ainda segundo ela, o filho fica dias fora de casa, voltando apenas para pegar roupas. A mulher teria ficado sabendo que o rapaz é traficante de drogas no bairro Marisa Cristina.
De acordo com o relato dela, todas as vezes que ela indaga algo ao adolescente, ele a ameaça com "olha o tiro", tendo ela inclusive já procurado, por diversas vezes, o Centro de Referência Especializado de Assistência Social para informar sobre o caso.
Segundo BO, a mulher contou que na manhã do último sábado, o rapaz teria chegado em casa preocupado e sério, dizendo a ela que ele havia "ramelado". A secretária, então, questionou o filho e ele respondeu pedindo que ela visse o que ele fez no quarto onde dorme com o irmão de 12 anos.
No local, ela afirma ter encontrado uma marca de tiro na parede. Desesperada, ela contou que começou a chorar e questionou o jovem sobre a posse de arma de fogo.
Ele teria confessado à mãe que adquiriu o item por R$ 3 mil e que tinha pegado a arma para arrumar pois a bala poderia estar velha. Neste momento, o objeto acabou disparando e atingindo a parede.
De acordo com a mulher, logo em seguida, ele perguntou a ela quanto ficava para arrumar a parede e teria arrumado suas roupas, saindo de casa novamente.
A secretária também relatou à polícia que questionou o filho sobre uma possível ligação com o crime do Santo Antônio. Segundo ela, o menor negou, alegando que "não matava criança" e explicando que este caso tem a ver com "os meninos do João Paulo".
*Com informações do Diário da Região.