Tiago Aparecido dos Santos, de 18 anos, diz que pegou o peixe nativo da bacia amazônica no rio Turvo, em Cardoso. De acordo com a Polícia Ambiental, a pesca da espécie invasora é liberada, inclusive durante a época da piracema
Com apenas 18 anos, Tiago diz que usou uma isca artificial para fisgar o peixe (Fotos: Arquivo Pessoal)
O comerciante Tiago Aparecido dos Santos, que fisgou um pirarucu de 117 quilos no Rio Turvo, em Cardoso, relata que demorou cerca de uma hora e meia para conseguir tirar o peixe da água.
“Fiquei lutando o tempo todo. Não entreguei a vara para ninguém, porque estava com medo do peixe escapar. Precisamos nos aproximar do barranco para poder tirá-lo. A sensação foi muito grande. A perna e os braços tremeram”, explica.
Com apenas 18 anos, Tiago diz que usou uma isca artificial para fisgar o peixe. Ele já conseguiu pegar outros pirarucus no mesmo trecho do Rio Turvo, mas nunca um tão pesado quanto o último.
“Os outros que peguei ficaram em uma média de 70, 90 quilos. Não foi fácil tirar o último. Nós fizemos a pesagem. Deu 117 quilos, mas o rabo ficou relando no chão, então o peixe é mais pesado ainda”, diz.
O pirarucu é natural da bacia amazônica e começou a aparecer nos rios da região noroeste paulista depois que uma barragem se rompeu.
Tiago relata que a espécie tomou conta do Rio Turvo e prejudicou outros peixes considerados nativos da região noroeste paulista.
“Tem muito pirarucu. Se a gente não continuar pescando, vai chegar uma hora que não vai ter outro tipo de peixe. Muita gente não sabe o estrago que o pirarucu faz em um rio como o nosso”, diz.
De acordo com a Polícia Ambiental, a espécie é considerada invasora. Portanto, a pesca é liberada, inclusive durante a época da piracema.
*Com informações do g1.