Giani Senefonte, esposa de Celso Wanzo, disse que a família estava no apartamento quando começou a escutar xingamentos direcionados ao seu marido, após a derrota do Palmeiras para o Chelsea, por 2 a 1, no Mundial de Clubes da Fifa
O advogado Celso Wanzo, de 58 anos, morreu após ser atingido por um soco (Foto: Reprodução)
O advogado Celso Wanzo, de 58 anos, morreu após ser atingido por um soco no início da noite de sábado (12), em frente a um condomínio no Jardim Pinheiros, em Rio Preto. O autor da agressão, gerente financeiro de 44 anos, mora no mesmo prédio que a vítima.
A arquiteta Giani Senefonte, esposa do advogado, disse que Celso estava no apartamento quando a família começou a escutar xingamentos vindos da rua, após a derrota do Palmeiras para o Chelsea, por 2 a 1, no Mundial de Clubes da Fifa. "Pensamos que era algum torcedor. Não sabíamos que (as ofensas) eram diretamente para meu marido", contou.
Segundo ela, após estacionar o carro na garagem, o homem, que seria síndico do prédio, voltou a proferir ofensas e chamar Celso para fora. O advogado, então, desceu junto de um amigo que estava no apartamento. "Meu marido atravessou a rua tranquilamente. O síndico veio de encontro com ele e deu um soco. Meu marido caiu na hora, já desacordado", completou.
O amigo que estava com Celso entrou em luta corporal com o homem e deu nele um golpe conhecido como "gravata" para segurá-lo, a fim de evitar que a agressão continuasse.
A Polícia Militar foi acionada e o autor do soco foi conduzido à Central de Flagrantes, onde confirmou a agressão e alegou que brigou com o advogado por conta da partida de futebol. Celso era palmeirense.
Segundo Giani, no entanto, o jogo não foi o que motivou a agressão. "Não tem nada a ver com futebol. É uma rixa pessoal que ele tem", afirmou, dizendo que os primeiros desentedimentos datam de aproximadamente dois anos. A Polícia Civil investiga o caso.
Desacordado no chão, Celso começou a convulsionar. Ele foi colocado no carro da mulher, que o levou até a emergência do Hospital de Base, onde recebeu atendimento médico, mas não resistiu.
O caso foi registrado como lesão corporal de natureza grave, já que, até o momento em que a ocorrência era apresentada, Celso ainda estaria vivo.
O delegado Roberval Costa Macedo determinou a prisão em flagrante do acusado, arbitrando fiança de R$ 5 mil para que fosse solto. Segundo o delegado, a fiança foi paga e ele foi liberado, mas vai responder pelo crime. "A natureza (do boletim de ocorrência) muda para lesão corporal seguida de morte", disse Macedo.
O caso será investigado pelo 5º Distrito Policial. A reportagem tentou contato com a defesa do acusado, mas até o momento não obteve resposta.
Além de advogado, Celso era maratonista e apaixonado por esporte. Segundo amigos, era uma pessoa tranquila, sem histórico de violência.
*Com informações do Diário da Região.