Região
Especialista não descarta hipótese de contaminação por agentes químicos no Rio Marinheiro
Técnicos da Cetesb, acompanhados da Polícia Ambiental, coletaram amostras da água para análise; resultado apontará se houve contaminação que causou a morte de peixes
publicado em 24/03/2022
A engenheira ambiental e sanitarista, Fabiana Agostini Preti, analisou a situação e disse não descartar a hipótese de contaminação da água (Foto: Arquivo pessoal)
Da redação
As causas oficiais do que pode ter provocado o desastre ambiental que causou a morte de toneladas de peixes no Rio Marinheiro, em Cardoso, serão conhecidas apenas após a análise da água pela Cetesb, mas inúmeras hipóteses já foram levantadas, inclusive, de contaminação por agentes químicos, como agrotóxicos e resíduos industriais.
Logo após a aparição dos primeiros peixes mortos, muito se comentou nas redes sociais sobre a pulverização de uma plantação às margens do rio, que teria sido realizada por um avião. Alguns moradores chegaram a relatar que viram este avião derramando veneno na água.
Contudo, procurada pelo jornal A Cidade, a engenheira ambiental e sanitarista, Fabiana Agostini Preti, disse que é complicado saber a causa sem que antes seja feita uma análise minuciosa da água e dos peixes mortos. O certo é que de causa natural não foi, por isso não descarta a hipótese de contaminação da água por agentes químicos.
“Tudo é possível, mas não acredito nessa hipótese de contaminação por pulverização do produto químico, pois teria que ser uma quantidade muito grande de veneno para contaminar todo esse volume de água, mas é preciso analisar também que tipo de veneno que era e alguns outros fatores. Só uma análise técnica vai poder apontar o que de fato aconteceu, mas pela quantidade de peixes mortos não se pode descartar a hipótese de que algo tenha sido descartado ou jogado na água”, disse a engenharia ambiental.
Fabiana afirmou ainda que o impacto ambiental será desastroso para toda cadeia alimentar.
Cetesb
A Polícia Ambiental registrou um boletim de ocorrência ambiental e técnicos da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) coletaram amostras da água para apurar se houve contaminação da água por algum agente químico.
O jornal A Cidade procurou a Cetesb que, em nota, afirmou que técnicos da Agência Ambiental de Votuporanga, realizaram vistoria no rio em conjunto com o EDA (Escritório de Defesa Agropecuária), da Secretaria da Agricultura e constataram morte de várias espécies de peixes em tanques, de criação particular, no Ribeirão. “A Cetesb está acompanhando o episódio e aguarda também um parecer do EDA”, diz a nota.
Notícia publicada no site: www.acidadevotuporanga.com.br
Endereço da notícia: www.acidadevotuporanga.com.br/regiao/2022/03/especialista-nao-descarta-hipotese-de-contaminacao-por-agentes-quimicos-no-rio-marinheiro-n72344