Pneumologista do SanSaúde, Dra. Amanda Tosta Vieira, explicou os riscos da doença para este público
Dra. Amanda Tosta Vieira, explicou os riscos da doença para este público (Foto: Santa Casa de Votuporanga)
Que o tabagismo faz mal à saúde, todo mundo sabe. O que muitos desconheciam é que os fumantes são mais propensos a desenvolver a Covid-19 na forma grave, em comparação com os demais.
O vício não só favorece o agravamento da infecção como a própria transmissão do vírus. “Uma revisão de estudos por especialistas em saúde pública convocada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que os fumantes são mais suscetíveis por conta de muitos fatores, como as alterações estruturais na mucosa dos brônquios e de inflamação local. Também ocorre diminuição da produção de anticorpos e de células imunológicas de defesa. Além desses mecanismos, a doença pode ser facilitada pelo ato de levar o cigarro até a boca, envolvendo movimentos repetidos de mão ao rosto”, explicou a pneumologista do SanSaúde, Dra. Amanda Tosta Vieira.
Dra. Amanda alertou que, no uso do narguilé, é comum o compartilhamento das piteiras, expondo os usuários ao risco de contaminação e transmissão de várias patologias infectocontagiosas, entre elas, a Covid-19. “Da mesma forma acontece com o dispositivo eletrônico que é utilizado por mais de uma pessoa. Porém é importante lembrar que, ao levar as mãos não higienizadas à boca, com qualquer forma de tabaco, também aumenta o risco de contágio”, afirmou.
Riscos
O tabagismo está associado a desfechos desfavoráveis em Covid-19. “Os fumantes são mais vulneráveis a vírus respiratórios, sendo maior o risco de infecção e quadros clínicos mais graves. Assim, apresentam um risco maior de hospitalização e de admissão em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), além de maior mortalidade”, ressaltou.
Melhor prevenção: abandonar o vício!
Tudo isso reforça a necessidade de ampliarmos a conscientização para este público. “Os benefícios são muitos. Além da economia financeira e prevenção de mais de 60 tipos de doenças, depois de 20 minutos sem fumar, a frequência cardíaca e a pressão arterial já diminuem. Após 12 horas, o nível de monóxido de carbono no sangue se normaliza. Em dois dias, tanto o paladar quanto olfato melhoram. E entre duas a 12 semanas, há aumento da função pulmonar”, frisou.
Quer uma ajudinha?
As terapias de reposição de nicotina, como goma de mascar e adesivos, são ótimos aliados para ajudar a parar de fumar. “Consulte um especialista para indicar o melhor tratamento individualizado”, concluiu.