Saúde
Estudo aponta crianças brasileiras estão mais altas e mais obesas
A alimentação saudável é um dos pilares para a qualidade de vida, o problema é que os maus hábitos são aprendidos desde a infância, e muitas vezes, começam a refletir ainda na adolescência
publicado em 03/04/2024
Além do peso, a questão é que a alimentação saudável é um dos pilares para a qualidade de vida (Foto: Agência Brasil)
Thábata Waideman
Estagiária sob supervisão
thabata@acidadevotuporanga.com.br
Muito se fala sobre nutrição, boa alimentação e o impacto positivo que ambas apresentam ao longo da vida. A alimentação saudável é um dos pilares para a qualidade de vida, o problema é que os maus hábitos são aprendidos desde a infância, e muitas vezes, começam a refletir ainda na adolescência.
O estudo conduzido por pesquisadores do Centro de Integração de Dados e Conhecimento para Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Cidacs/Fiocruz Bahia), em colaboração com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a University College London, apresenta que as crianças brasileiras estão mais altas, mas também mais obesas.
Os resultados do estudo indicaram que, entre 2001 e 2014, a estatura infantil, em média, aumentou 1 centímetro. A prevalência de excesso de peso e obesidade também teve aumento considerável entre os dados analisados. A prevalência de obesidade entre os grupos analisados subiu até cerca de 3%.
A pesquisa foi publicada na revista The Lancet Regional Health – America e baseou-se na observação das medidas de mais de 5 milhões de crianças brasileiras. Segundo os pesquisadores, tais resultados indicam que o Brasil, assim como os demais países em todo o mundo, está longe de atingir a meta da Organização Mundial da Saúde (OMS) de deter o aumento da prevalência da obesidade até 2030.
De acordo com a pesquisadora associada ao Cidacs/Fiocruz Bahia e líder da investigação, Carolina Vieira, a obesidade infantil é preocupante. O Ministério da Saúde explica que tanto o sobrepeso quanto a obesidade referem-se ao acúmulo excessivo de gordura corporal. A obesidade é fator de risco para enfermidades como doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão e alguns tipos de câncer.
“Tem estudos que indicam que a criança que vive com obesidade aumenta a chance de persistir com essa doença durante todo o ciclo da vida dela”, diz Carolina. “Em termos de saúde pública, pensamos que a carga dessas doenças crônicas não transmissíveis e os custos associados à obesidade aumentam ao longo do tempo. Então, é necessária uma ação efetiva e coordenada, porque senão as repercussões dessa doença para a saúde pública nos próximos anos serão bem alarmantes. ”
Notícia publicada no site: www.acidadevotuporanga.com.br
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