Luiz Claudio Zenone é Doutor em Ciências Sociais e Mestre em Administração com ênfase em Marketing
O estado financeiro de uma pessoa deve ser bem administrado, sobretudo em momentos de crise econômica. O orçamento pessoal e familiar deve ser um tema tratado preventivamente para que nos momentos mais “apertados” a poupança realizada sirva para cobrir despesas inesperadas ou extras.
Manejar o dinheiro pessoal é uma ciência amplamente estudada e apresentada por economistas e administradores constantemente. Aparentemente, essa atividade pessoal seria algo simples de se fazer, ou seja, equilibrar as receitas e as despesas. A receita é o total de dinheiro que uma pessoa recebe em um período de tempo proveniente de seus negócios e renda e as despesas representam os gastos ou “saída” de dinheiro no mesmo intervalo de tempo.
Mas, sem dúvida não é algo tão simples assim, pois caso contrário não teria tantas pessoas endividadas e com problemas financeiros. Quase todos os dias, nos noticiários das diversas mídias, aparecem matérias com pessoas que enfrentam problemas financeiros graves e lutam para não ter o nome citado como “mau pagador”. A dívida se tornou um problema social crítico e assim como outros problemas sociais deve ser tratada com seriedade.
Desde muito novo aprendi que todos os recursos financeiros que conquistamos devem ser divididos em três partes, não necessariamente iguais. Sei também o quanto é difícil fazer isso, mas com persistência e determinação é possível.
A primeira parte dos recursos serve para pagar as dívidas e os compromissos, tanto os fixos como as variáveis provenientes de despesas e custos pessoais. Sempre quando as dívidas e os compromissos começam a superar o estabelecido é um sinal de alerta.
A segunda parte deve ser destinada a poupar, ou seja, economizar e guardar utilizando somente em casos indispensáveis. Essa poupança é um forte aliado em momentos de gastos extras e emergências. A poupança não é um recurso que deve ser esquecido, mas é algo que contribui muito para que recursos externos, como os empréstimos, não sejam utilizados.
A última, mas não menos importante parte, serve para presentear no sentido de brindar a vida. Faça o que tem vontade, como uma viagem, ou compre uma roupa bacana, um relógio, celular, frequente um restaurante gostoso ou, simplesmente, presenteei alguém que ama. Afinal, o resultado do trabalho e do esforço diário deve ser comemorado e a vida tem que ter esses momentos de prazer.
Caso você verifique que conseguiu ter uma poupança interessante, depois de um tempo analise a possibilidade de investir em algo que possa melhorar seu rendimento. Um terreno, uma casa, uma aplicação financeira, todo e qualquer tipo de investimento que não acarrete muitos riscos, etc.
Desta maneira, apresentei apenas algumas dicas de como trabalhar suas finanças pessoais baseados em três P´s que são: pagar, poupar e presentear. Evidente que são apenas algumas dicas, pois cada pessoa deve ajustar da melhor maneira seu orçamento e jamais se penalizar por não conseguir atingir as metas estabelecidas.