*Dora Ramos é especialista em Contabilidade e diretora da Fharos Contabilidade & Gestão - www.fharos.com.br
Passado o final de ano e o período de maior movimento no comércio, é tempo de refazer as contas e programar os gastos para 2016. Embora muitos se esqueçam, os primeiros meses também são responsáveis por boa parte dos nossos vencimentos, com o pagamento de impostos como o IPVA, para os que possuem veículos, ou a rematrícula e a compra de material, aos que têm filhos em idade escolar.
Impulsionados pelas facilidades de crédito e pela “reserva” obtida com o 13º salário, muitos fizeram dívidas que irão perdurar pelos próximos meses e aumentaram a coleção de boletos ou de faturas do cartão de crédito. A esses, o ideal é que atividades supérfluas no ponto de vista das finanças - como uma viagem não planejada com antecedência ou as comemorações excessivas de Carnaval - deixem de ser realizadas, para que o orçamento mensal não seja comprometido totalmente e os gastos não sejam “perdidos de vista”.
Já que despesas como IPVA, IPTU, matrícula e material escolar são inadiáveis, é indispensável que seja feita uma programação desde os primeiros meses. Muitas vezes, simples medidas nos trazem consequências imensamente benéficas e garantem um ano muito mais tranquilo para o bolso. Um exemplo é dedicar alguns minutos para fazer contas e colocar “na ponta do lápis” quantos por cento do salário serão destinados às compras parceladas - dessa forma, o consumidor já impõe um limite aos próximos gastos e passa a saber o que é possível ou não de ser realizado.
Para evitar complicações financeiras, é fundamental que os consumidores menos prevenidos se programem e mantenham o foco em gastos realmente imprescindíveis. Afinal, manter as contas em dia e o nome limpo é um fator importantíssimo para a felicidade de qualquer um.