W. A. Cuin
“ Se alguém disser: Eu amo a Deus, mas se tiver ódio ao seu irmão, esse é um mentiroso, pois aquele não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê”. ( João, 4:20).
Amamos a Deus quando conseguimos ser sensíveis às dores da infância abandonada e temos a coragem de movimentar nossas mentes e braços no desenvolvimento de ações que possam socorrê-la, tais como, providenciar abrigo, alimentação, vestuário, remédios, cursos profissionalizantes, recreação e muito afeto.
Amamos a Deus quando identificamos os conflitos íntimos que atormentam a adolescência e a juventude e nos propomos a ajuda-las, apontando-lhes um caminho seguro, começando pelos nossos exemplos de dignidade, honradez e de independência tóxica.
Amamos a Deus quando encontramos um chefe de família desempregado e tomamos a iniciativa de sair com ele, à procura de uma ocupação que posa lhe garantir o rendimento necessário ao sustento do seu lar.
Amamos a Deus quando verificamos a velhice sofrida, vivendo na indiferença e na solidão e juntamos ideal para trabalhar em favor dela, amenizando, pelo menos um pouco, os padecimentos que torturam nossos irmãos idosos.
Amamos a Deus quando vislumbramos a ignorância do povo, que despreparado, caminha sem rumo e agimos dentro das nossas possibilidades culturais, politizando aqueles que carecem de informações, para que melhores preparados contribuam mais intensamente para o progresso geral.
Amamos a Deus quando percebemos a violência provocando tragédias e dissabores e nos animamos a falar dos benefícios da paz, apaziguando as manifestações agressivas, procurando substituí-las pelos equilibrados sentimentos da serenidade.
Amamos a Deus quando tomamos conhecimento das campanhas sociais que se fazem em prol das camadas populacionais mais pobres, e nos juntamos a elas, dando também a nossa cota de participação em favor dos menos favorecidos pela sorte.
Amamos a Deus quando notamos a existência do egoísmo e do orgulho em nossos corações e, com determinação férrea, nos lançamos a combatê-los, para que tais nocivas chagas deixem de nos causar tantos prejuízos.
Amamos a Deus quando descobrimos lágrimas de dor e desespero nos olhos dos irmãos do caminho e nos apresentamos como sendo o lenço amigo capaz de enxugá-las.
Amamos a Deus quando nos desgastamos em suor e sacrifícios pessoais para que a caminhada daqueles que seguem conosco seja mais branda e alegre.
Amamos a Deus quando somos líderes religiosos e realmente agimos com desprendimento, presteza e humildade, na prática das lições do Cristo, que são verdadeiros faróis de renúncia, abnegação, perseverança, fé, compreensão e otimismo.
Amamos a Deus quando ocupamos cargos públicos e com plena consciência e responsabilidade estamos a serviço do povo e a ele devotamos respeito, consideração e muita transparência no zelo com a coisa pública.
Enfim, amamos a Deus quando norteamos todos os nossos passos, ações, procedimentos e atitudes dentro do mais puro e límpido sentimento cristão, tendo no Evangelho de Jesus a base sólida da nossa existência.